Depois de três anos desde o anúncio da construção de uma creche no Parque Imperial, em Presidente Prudente, as obras não foram iniciadas e os moradores dizem seguir aguardando. O comunicado foi feito pelo antigo responsável da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Herman Woorwald, conforme publicado em 2014 no DOSP (Diário Oficial do Estado de São Paulo).
De acordo com a Secretaria Estadual, não houve assinatura de nenhum termo oficial aprovando o repasse de verba para a construção da unidade escolar e a obrigação na realização do ato é da Prefeitura e o Estado apenas auxilia os municípios que fecham acordos. Acrescenta que, nos últimos três anos, colaborou com o levantamento de cinco creches e escolas, localizadas nos bairros: Residencial III Milênio, Parque Girassóis, Jardim Vale Verde, Residencial São Paulo, e no Conjunto Habitacional Humberto Salvador.
Como houve a construção dessas outras cinco unidades escolares, o projeto encaminhado ao governo do Estado das creches no Parque Imperial, Residencial Cremonezzi e Conjunto Habitacional João Domingos Netto não se concretizou, de modo que as unidades dos outros dois bairros (Cremonezzi e João Domingos) foram realizadas por meio de convênio com o governo federal, e a do Parque Imperial, até hoje, não se formalizou.
A assessora da Seduc (Secretaria Municipal de Educação), Sônia Maria Pelegrini, expõe que para construir uma creche em um bairro é preciso existir uma demanda progressiva, o que não ocorre no Parque Imperial. A assessora acrescenta que foi feito um levantamento no bairro, no qual constou a existência de apenas 12 crianças na fila de espera da matrícula em creches próximas. “Esse número de crianças pode ser atendido pelas creches em volta. Estamos estudando a construção de salas na escola do bairro, para atender essa demanda que está sem creche”, expõe.
Demanda por creche
O presidente da Associação dos Moradores do Parque Imperial, Paulo Fernandes Ribeiro, relata que realizou um levantamento no bairro em 2014, no qual concluiu haver cerca de 200 crianças que precisavam da creche. “Essa quantidade pode ter mudado hoje em dia, pois as crianças cresceram, no entanto, também nasceram outras e hoje, há diversas grávidas vivendo aqui”, expõe.
O presidente do bairro relatou que recebe diariamente dezenas de reclamações dos moradores, principalmente das mães que pedem a creche para colocar seus filhos e poder trabalhar, além de evitar gastos, já que as creches mais próximas estão no Parque Residencial Funada e no Residencial São Paulo e para levá-los teriam que pagar uma van ou ir de ônibus, o que dificulta o deslocamento ao trabalho. “Como moro no bairro, é muita cobrança das mães desesperadas para colocar seus filhos e poder trabalhar, sem ter como deixar com qualquer pessoa. Têm varias gestantes no bairro e a necessidade é grande”, pontua.
