Preocupação com a Covid não justifica baixa adesão à vacina contra gripe

EDITORIAL -

Data 07/05/2021
Horário 04:15

A cada dia, aumenta o número de pessoas vacinadas contra a Covid-19 no mundo. No Brasil, até quarta-feira, mais de 33,4 milhões tinham recebido pelo menos a primeira dose, o que corresponde a 15,77% da população. Já com relação aos que receberam as duas são 17 milhões (8,05%), totalizando, então, mais de 50,4 milhões de doses aplicadas até agora. 
A descoberta de uma vacina que protegesse contra o novo coronavírus foi aguardada e festejada no mundo inteiro. Por aqui, além da Coronavac e da Astrazeneca/Oxford, também passou a ser usada nesta semana, a da Pfizer/BioNTech. 
Com o início da campanha de vacinação, em janeiro, diversos grupos prioritários vêm sendo atendidos e ampliados. E quando chega a hora, é uma mistura de alegria, alívio e emoção. Tamanha é a felicidade que as famosas agulhadas vêm sendo registradas até mesmo em fotos ou vídeos, e compartilhadas nas redes sociais.
Mas, e a vacina contra a gripe? Está contando nos dedos também a hora de chegar sua vez? Ou já chegou e você nem se deu conta? 
Nesta semana, devido à baixa adesão à campanha, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo reforçou a convocação para os integrantes do primeiro grupo, que incluem trabalhadores de saúde, crianças de 6 meses a 5 anos completos, indígenas, gestantes e mulheres com até 45 dias após o parto (puérperas), procurarem os postos de vacinação para receber o imunizante. 
Até segunda-feira, conforme dados divulgados neste diário, 991,2 mil no Estado tinham sido vacinadas contra a gripe, o que representa apenas 18,02% do total esperado, que é de 5,5 milhões de pessoas desta primeira etapa. A vacinação desses grupos teve início no dia 12 de abril e a previsão é atingir ao menos 90% desses públicos até o dia 10. 
Em Presidente Prudente, nas duas primeiras semanas da ação - último dado disponibilizado -, apenas 19,33% do público (5.635 de 29.139 pessoas) tinha se imunizado. 
A vacina da gripe não previne contra a Covid, mas ajuda na identificação de casos ao imunizar a população contra a Influenza A (H1N1 e H3N2) e Influenza B, que também são síndromes respiratórias. Além disso, previne o surgimento de complicações decorrentes da doença, óbitos, internações e a sobrecarga nos serviços de saúde.  
Do dia 11 de maio até o dia 6 de junho, é a vez das pessoas com 60 anos ou mais e professores, e, a partir do dia 9 de junho até o dia 9 de julho, os demais grupos (portadores de doenças crônicas, caminhoneiros, trabalhadores do transporte público, de portos, agentes do sistema prisional e outros). Fique atento às datas!
É possível se preocupar com a Covid, tomando todas as medidas necessárias para evitar a contaminação e aguardar sua vez na “fila”, sem se esquecer da importância da vacina contra a gripe ou qualquer outra da caderneta. Se proteja!
 

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