Presentes às nossas crianças

OPINIÃO - Stela Faccioli Ederli

Data 08/10/2020
Horário 04:23

Nesse mês de outubro, comemoramos o Dia das Crianças e um dos presentes mais importantes que podemos ofertar a elas é garantir que seu direito à vida e à saúde seja preservado. Parece óbvio dizer que as crianças precisam ser defendidas, cuidadas e amadas, porém, na prática temos visto muitas sendo negligenciadas e violentadas.
Olhar para a saúde de nossas crianças é muito mais do que tratar as doenças que surgem na infância. A promoção da saúde infantil deve iniciar-se durante a gestação e permear todas as fases, garantindo que tenha condição de crescer, de se alimentar, de ter acesso à saúde e educação digna, que tenham exemplos de cidadania e que, principalmente, recebam amor. 

O cuidado com amor, sem julgamentos e apoio às famílias é o melhor presente de Dia das Crianças que podemos ofertar a elas

Promover a saúde da criança é oferecer condições para que ela cresça fisicamente saudável e desenvolva-se social, emocionalmente e tenha condições para conviver com outros e sentir-se feliz. É lembrar que ela não procura os serviços de saúde sozinha e que o cuidado precisa ser centrado nessa família que a envolve. 
Saliento aqui a importância da integração entre profissionais da saúde e comunidade para uma assistência de qualidade e efetividade nas políticas públicas voltadas à criança. Nesse contexto, me coloco como enfermeira pediatra para reforçar a importância do profissional enfermeiro na execução das ações de promoção da saúde e papel de referência às famílias no cuidado primário, tornando-se, por muitas vezes, parte fundamental da rede de apoio que os cerca. 
Destaco ainda a importância do enfermeiro como educador para essas famílias a fim de amparar, auxiliar, acolher, dar autonomia e empoderá-las para que sintam-se capazes de cuidar de suas crianças com segurança, amor e responsabilidade. No atual cenário em que estamos, o cuidado com amor, sem julgamentos e apoio às famílias é o melhor presente de Dia das Crianças que podemos ofertar a elas e a nós, como sociedade. 

 

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