Primeira semana de campanha tem baixa procura

De acordo com CCZ, movimento nos primeiros dias da ação foi 23% menor em comparação ao mesmo período do ano passado

PRUDENTE - ANNE ABE

Data 05/08/2017
Horário 12:46
Marcio Oliveira, Ontem, posto volante movimentou Jardim Mediterrâneo para imunização de animais
Marcio Oliveira, Ontem, posto volante movimentou Jardim Mediterrâneo para imunização de animais

Na primeira semana da Campanha de Vacinação Antirrábica em cães e gatos, em Presidente Prudente, foi registrada baixa de 23% na procura, em relação ao mesmo período do ano passado. Desta forma, a expectativa do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) é que a busca pelas doses aumente nos próximos dias. Nesse sentido, a meta estabelecida pelo Estado é de que, no mínimo, 80% da estimativa populacional de 41.604 cães e 4.847 gatos sejam imunizados até o fim da campanha, no dia 29 de agosto. Para tal, 28 mil doses foram fornecidas e quase 80 postos volantes passarão pelos bairros da cidade. Apesar da baixa, o CCZ não informou quantos animais foram imunizados nesta primeira semana da ação.

O motivo da diminuição na procura, segundo o coordenador do centro, veterinário Célio Nereu Soares, é a “falta de conscientização” das pessoas em relação aos perigos de possuir um animal não vacinado, pois ele pode contrair o vírus da raiva e propagar a outros cães, gatos e também aos humanos. “Com a vacina, os animais não vão pegar a doença. As pessoas precisam saber que raiva não tem cura e pode levar a óbito”, pontua.

Além da vacinação, os agentes dos postos volantes também estão aproveitando a aglomeração de animais para verificar se todos possuem o chip de cadastro, bem como realizar a coleta de cerca de 100 amostragens de sangue por dia, em cada ponto, para posterior análise. Com isso, o CCZ busca ter maior controle da leishmaniose. Em relação a isso, o coordenador informa que há 55 mil cães chipados no munícipio, porém, não se sabe se esse número ainda é atual, pois “iniciou-se há oito anos e, desde então, alguns animais podem ter falecido e os donos não informaram”. Assim como no ano passado, a estimativa é de que 8 mil exames sejam realizados, sendo considerado um “volume razoável para 30 dias de campanha”, considera o coordenador.

 

Posto volante

Na tarde de ontem, a reportagem esteve no posto instalado em frente à Escola Municipal Professor Ivo Garrido, no Jardim Mediterrâneo, para verificar o movimento da campanha. E em questão de minutos dezenas de cães e gatos compareceram ao local junto de seus donos. O aumento no movimento também é notado pelo agente de apoio de zoonose, Rodrigo de Carvalho Dias, o qual ainda relata que quando o movimento está intenso, é necessário distribuir senhas aos que comparecem até às 16h, caso contrário, extrapolam no tempo de serviço. “Quando chegamos já tinha gente esperando e ainda vamos embora fora do tempo previsto”, contou.

Segundo o agente, a raiva é uma doença que está controlada no munícipio, mas não erradicada, diferente do que ocorre com a leishmaniose, que teve grande incidência ultimamente. Por isso, reforça as condições para o animal receber a dose. “Tem que ter mais de seis meses, estar sadio, não pode estar prenha, nos caso das fêmeas, estar utilizando a coleira e focinheira, para cachorros de grande porte”.

Como de costume, o aposentado Desiderio Ferrari, 64 anos, compareceu ao posto com a sua micropoodle Julie, para continuar com a carteirinha em dia, assim como faz desde que a adquiriu. Outra que também esteve presente para cuidar da saúde de seu animalzinho foi a recepcionista Lindinalva Rodrigues, 54 anos, que considera o Max, seu cachorro, como parte da família. “Temos a obrigação de cuidar dos animais, eles nos fazem companhia, cuidam da casa. Ele [o cachorro] ainda é dócil e brincalhão”, comenta.

Já o estudante Guilherme Alcantara Santana, 25 anos, ficou sabendo da campanha pela tia e logo foi ao posto. Para isso, precisou ir acompanhado da irmã e prima para conseguir vacinar seus três animais de estimação. “Geralmente, eles não dão trabalho, mas ficaram assustados com os outros cachorro. Mesmo assim, é preciso dar a vacina para cuidar da saúde deles, que também são da família”, conta.

Em meio aos cães, Elisabete Kaletta de Moraes, repositora de 50 anos, levou sua gata para tomar a vacina e permanecer com a saúde de qualidade. Ela conta que cuida da felina como se fosse sua filha. “Tem que cuidar igual uma criança”, expõe.

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