Mais dois atletas prudentinos, da Academia Templo de Presidente Prudente, brilharam no fim de semana no Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu realizado pela CBJJE (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo), no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo: Brenno Henrique Alcará da Cunha, 15 anos, faixa branca, que foi campeão na categoria extra pesadíssimo, e seu professor faixa preta, Jonathan Pereira Gonçalves, que ficou como vice-campeão na categoria preta leve.
Brenno diz que o Mundial foi muito importante pra ele porque passou por várias lesões, desanimou, o que segundo ele é normal de um lutador quando se lesiona próximo de um campeonato, costumar desanimar achando que não vai entregar seus 100%. “E foi assim comigo. Mas só tenho a agradecer a todos que torceram por mim, o meu pai e minha mãe, por exemplo, ela sim fez 100%, dez vezes mais do que eu fiz dentro daquele tatame, sabe? Então, essa medalha não é só minha, é de todos que estavam comigo, da minha equipe Templo Jiu-Jitsu”, destaca o faixa branca campeão.
O professor acrescenta que essas vitórias são importantes porque é um sonho de todo lutador de jiu-jitsu ser campeão mundial. “Isso é muito bom como atleta e para nossa cidade também porque o esporte se torna mais conhecido”, explana Jonathan.
Combustíveis dos filhos, os pais de Brenno procuram sempre que possível estarem ao lado do filho nas competições, mas quando não tem como é o professor Jonathan que sempre o acompanha. A mãe de Brenno, Aline Regina Alcará da Cunha, 36 anos, consultora de vendas de automóveis, conta que certa vez foi a uma competição e quase morreu do coração. “Nesse dia ele também ganhou ouro. Nesse, nem meu esposo [Alan Brito da Cunha, 37 anos, inspetor de segurança] pudemos acompanhá-lo, mas não foi diferente, quase enfartei no trabalho e fiz todo mundo torcer por ele [risos]”, conta ela, que é mãe ainda da pequena Anna Lara, 6 anos, que já está treinando jiu-jitsu também.
Ela salienta que Brenno sempre se interessou por lutas, mas foi há um ano e cinco meses que começou a praticar. “Ele já fez kung fu quando era criança, capoeira e até mesmo jiu-jitsu, porém, parou e retomou agora por incentivo do pai que tinha iniciado pouco antes e pegou gosto. Desde pequenos os incentivamos no esporte para que ocupem suas cabecinhas e pra terem uma qualidade de vida melhor”, revela Aline, complementando que a vitória do filho foi uma felicidade sem fim porque ele lutou pra conquistar isso, determinou e foi até o fim. “É importante ensinar que desde criança, tudo que eles querem, com muita determinação e disciplina, eles conseguem”, conclui a mãe.
Fotos: Cedidas
Família Alcará da Cunha, incentivadores e praticantes do esporte
Mestre e aluno, ensinamentos e aprendizados, trocas de experiências