Produção regional de Soja rende R$ 540 milhões nos últimos 2 anos

Para Sindicato Rural, rentabilidade e avanço da tecnologia possibilitam mais investimento na produção

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 25/07/2020
Horário 04:35
Flickr/Reprodução - Nos últimos dois anos, a região produziu mais de 422 mil toneladas de soja
Flickr/Reprodução - Nos últimos dois anos, a região produziu mais de 422 mil toneladas de soja

No início do mês, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revisou os números da safra de grãos de 2020 e constatou que o Brasil ultrapassou os Estado Unidos, no que tange ao plantio de soja, e se consolida como o principal produtor mundial da commodity. E apesar de o Estado de São Paulo não ser o maior produtor brasileiro, a 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, com sede em Presidente Prudente, tem crescido no desenvolvimento dessa cultura agrícola. Nos dois últimos anos, por exemplo, o grão rendeu R$ 540.378.812,53, conforme dados apresentados pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola).
De forma mais exata, o levantamento mostra que 2018 e 2019 juntos geraram a produção de 7.037.465 sacas de 60 kg, o que equivale a 422.247.900 kg, isto é, mais de 422 mil t (toneladas) de soja geradas na região de Prudente. O preço pago ao produtor para cada saca ficou na média de R$ 76, entre os dois anos, resultando nos mais de R$ 540 milhões.
E para o Sindicato Rural de Presidente Prudente, esse é um dos motivos pelo qual há um maior incentivo e também intensificação na produção do grão, regionalmente falando. O presidente Carlos Roberto Biancardi reitera que não temos uma escala igual ao Paraná e ao Mato Grosso, que são os principais produtores brasileiros, “mas o Estado de São Paulo tem crescido bastante”, sobretudo quando analisada a região. “Ainda está crescendo”, completa.
Um fato limitante para que não cresça em demasiado é o principal obstáculo de todos os outros produtos agropecuários aqui na região: o clima, mais precisamente o calor intenso e o período de chuva irregular, que não segue um calendário exato. “É um fato não só da soja, mas de diversas produções”, completa Biancardi.
Contudo, o avanço na tecnologia tem permitido, ainda segundo ele, driblar essa situação de alguma forma. À reportagem, ele pontua até que a chegada de novos equipamentos no mercado que consigam atenuar os problemas gerados pelo clima seco auxilia e fomenta para que a produção do grão tenha se intensificado por aqui nos últimos anos.

Principais locais e mercados

A região de Assis é um grande produtor da soja, segundo o presidente do sindicato, e a intensificação à região de Prudente vem de lá dessa ponta. Ele cita os municípios de Martinópolis e Rancharia como produtores tradicionais, além de destacar Iepê, Sandovalina e Taciba como cidades que têm investido mais no grão nos últimos tempos. “Esse aumento de área vem de lá pra cá”, complementa.
E os mercados disponíveis são diversos, quando pensa na aplicação do produto, como proteína animal, uso industrial, seja em grão, farelo ou óleo, entre outros. Mas em concordância com o IEA, Biancardi lembra que a maior parte do que é produzido é exportado para outros países. “Quase certeza que a exportação é maior que o consumo interno, embora ainda seja muito grande. A gente pode citar o consumo por parte de pessoas vegetarianas, por exemplo, que encontra na soja uma maneira de trocar a ingestão de proteína necessária”, observa.

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