Projeto de combate à dengue recebe apoio de universidade

PRUDENTE - Mariane Gaspareto

Data 18/03/2016
Horário 11:47
 

O projeto de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue realizado por meio de uma parceria entre a Seduc (Secretaria Municipal de Educação), o geólogo Celso Tatizana e O Imparcial, contará agora com o apoio da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), por meio do coordenador do curso de Ciências Biológicas, Silvério Takao Hosomi.

 

Uma reunião foi promovida na tarde de ontem justamente para a definição da parceria e o estudo de futuras estratégias de combate à dengue, como o mapeamento dos bairros da cidade com maior número de criadouros do mosquito e dos locais com maior incidência das larvas do Aedes aegypti (resíduos acumulados, garrafas, galerias de águas pluviais, calhas, telhados, entre outros), para o combate mais eficaz ao vetor da dengue.

Jornal O Imparcial Reunião foi promovida ontem para debater futuras estratégias do projeto contra a dengue

Silvério ressaltou sua disponibilidade em atuar no projeto, salientando a necessidade de um trabalho articulado entre todas as secretarias do município bem como outros órgãos afetos ao trabalho, para que resultados possam ser efetivados. Para o coordenador, a erradicação do vetor não ocorre de forma imediata, e exige a realização de várias ações contínuas e integradas.

Atualmente, a cidade registra mais de 4 mil catalogações da doença, com a segunda maior incidência de dengue do Estado, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Entre as ações promovidas por meio do projeto, está a realização de oficinas de confecção das armadilhas para o mosquito, feitas com garrafa pet, sob a orientação de Celso Tatizana. Agora, os profissionais da Seduc estão aplicando os conhecimentos e as ações nas unidades de ensino e em suas próprias casas, de acordo com a secretária Ondina Barbosa Gerbasi.

No encontro, o geólogo trouxe ainda a possibilidade de implantação de uma nova armadilha que captura o inseto em sua fase adulta, utilizada para o georreferenciamento, bem como o estudo sobre a evolução e o comportamento do mosquito. As armadilhas até então utilizadas, feitas com garrafas pet, atraem a fêmea do Aedes aegypti, a um local que acredita ser seguro para colocar seus ovos, os quais ficam armazenados no ambiente inferior, se transformam em larvas, que podem ser então eliminadas.

O geólogo apontou ainda a possibilidade de implantação de tanques de peixes nos bairros com situação mais crítica em relação aos casos de dengue, utilizando a biologia como arma para combater o Aedes aegypti.
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