Prudente cria 289 empregos formais em março, aponta Caged

Pluralidade do setor de serviços o mantém como carro-chefe de contratações e período de colheitas aquece indústria, enquanto comércio volta a registrar saldo negativo

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 28/04/2023
Horário 18:12
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Prudente encerrou mês de março com saldo positivo de empregos formais
Prudente encerrou mês de março com saldo positivo de empregos formais

Presidente Prudente encerrou o mês de março com saldo positivo de 289 empregos, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo governo federal nessa quinta-feira. Foram 2.716 admissões contra 2.427 desligamentos. Os melhores desempenhos ficaram por conta do setor de serviços, com saldo positivo de 244 postos de trabalho (1.253 contratações ante 1.009 demissões), e da indústria, com saldo positivo de 135 empregos (478 admitidos contra 343 dispensados).

De acordo com os economistas prudentinos Alexandre Bertoncello e Edilene Takenaka, a boa posição da indústria está atribuída ao início das colheitas na região, o que aquece diretamente o mercado. Alexandre destaca, sobretudo, o setor de cana-de-açúcar, que passa a absorver mão de obra para o trabalho nas usinas. Já Edilene menciona que a entrada do segundo trimestre do ano condiz com o ciclo sazonal dos setores produtivos e isso amplia as expectativas quanto às contratações para os próximos meses.

A respeito dos serviços, Edilene ressalta que o segmento apresenta “um papel fundamental” para a atividade econômica em qualquer sociedade. “Por abranger atividades bastante heterogêneas, propicia uma gama de oportunidades para o fomento a novos negócios, inovações e empreendedorismo, o que, historicamente, tem sido a característica da região”, pondera.

A profissional acrescenta que tal premissa acena com boas perspectivas para os próximos meses, impulsionando a empregabilidade e a geração de renda locais.

Situação do comércio

O comércio, por sua vez, apresenta resultados desfavoráveis desde janeiro. Em março, o segmento teve saldo negativo de 67 postos de trabalho entre 760 contratações e 827 desligamentos. Quanto a isso, Alexandre acredita que o varejo local esbarra na dificuldade de abraçar o digital, o que vai na contramão de um consumidor cada vez mais interessado no ambiente virtual. Para ele, é preciso que haja uma movimentação entre os agentes econômicos para ir de encontro a esta nova demanda.

“Se esta é a sede ou o centro comercial do oeste paulista, há a possibilidade de perder cada vez mais a sua importância. Assim como as pequenas cidades perderam espaço para o comércio prudentino, Prudente corre o risco de perder espaço para lojas e centros do ponto de vista nacional, principalmente aqueles estabelecidos no ambiente digital”, avalia. “Hoje, compra-se muito pela internet, basta ver a quantidade de veículos de entregas de mercadorias correndo para lá e para cá. Basicamente, porque oferece mais vantagens ao consumidor”, exprime.

Edilene, por outro lado, afirma que tal movimentação era esperada no período em função do reflexo das intensas contratações temporárias realizadas no final de 2022, visto que nem todos foram efetivados pelas empresas devido à sua condição de temporários. 

Construção e agropecuária

Ainda em relação aos resultados, a construção civil apontou saldo negativo de 26 empregos formais (199 admitidos ante 225 demitidos), enquanto a agropecuária teve saldo positivo de 3 postos de trabalho entre 26 contratações e 23 desligamentos.

Âmbito nacional

Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego, o Brasil registrou, em março, saldo positivo de 195.171 postos formais de trabalho. Com esses números, o país atingiu o total de 42,97 milhões de vagas formais ativas. No acumulado do ano, entre janeiro e março, o saldo ficou positivo em mais de meio milhão de postos de trabalho com carteira assinada. Das 27 Unidades da Federação, 22 registraram marcas positivas em março, em quatro dos cinco grupamentos de atividades econômicas.

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