O município de Presidente Prudente encerrou o mês de novembro com saldo positivo de 125 empregos formais. De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência nessa quarta-feira, foram 2.272 admissões contra 2.147 desligamentos.
Apesar de favorável, o número é 62,68% menor do que aquele registrado em outubro, quando a cidade obteve saldo positivo de 335 postos de trabalho (2.519 contratações ante 2.184 demissões).
Em relação ao acumulado do ano (de janeiro a novembro), Prudente soma 27.704 admissões contra 25.195 desligamentos, contabilizando saldo positivo de 2.509 empregos.
Assim como no mês anterior, os melhores resultados de novembro foram observados nos setores de comércio, com saldo positivo de 174 empregos (854 admissões contra 680 desligamentos), e serviços, com saldo positivo de 148 postos (1.008 contratações ante 860 demissões).
O presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), Vitalino Crellis, aponta que o expressivo aumento nas vendas deste período reflete diretamente no cenário de contratações. Segundo ele, desde antes do Dia das Crianças, lembrado em 12 de outubro, os comerciantes começaram a providenciar as admissões temporárias.
Isso porque, a partir de então, o setor esperava o crescimento nas comercializações e maior procura por parte dos clientes, principalmente para datas comerciais importantes, como a Black Friday, em novembro, e o Natal, em dezembro. “Neste período, as famílias foram até o comércio para passear e comprar os presentes, o que aumentou o fluxo de pessoas nas lojas e a necessidade de mais funcionários”, avalia.
Vitalino também lembra a influência do décimo terceiro salário, que injetou mais dinheiro na economia local. “Os meses de novembro e dezembro são momentos importantes para o comércio e geram oportunidades para as pessoas que buscam uma vaga de emprego”, sintetiza.
O gerente regional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Prudente, José Carlos Cavalcante, também reitera que, historicamente, os setores de comércio e serviços contratam mais mão de obra no último trimestre, em função da Black Friday e das festas de fim de ano.
A respeito da tendência de manter os saldos positivos no futuro, ressalta que fatores externos, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como fatores internos políticos, sociais e econômicos gerou uma tendência de precaução com relação a novos investimentos e empreendimentos. “Estas incertezas com a mudança de governo, juros altos e inflação fazem com que o mercado reveja seus projetos de expansão. O primeiro trimestre de 2023 será de expectativas com relação às novas diretrizes da economia”, considera. “De qualquer maneira, estamos otimistas para oferecer soluções empresariais e empreendedoras para a região”, acrescenta o gerente do Sebrae.
Os demais segmentos, por sua vez, tiveram desempenhos desfavoráveis. A agropecuária apresentou saldo negativo de 4 postos (21 admitidos e 25 desligados). Na construção, foram 158 contratações e 291 demissões, resultando em saldo negativo de 133 postos. Já no âmbito da indústria, houve 231 contratados e 291 demitidos, o que corresponde a saldo negativo de 60 vagas.
Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, responsável pela divulgação dos dados, o Brasil registrou, em novembro, saldo positivo de 135.495 empregos formais. O estoque de trabalhadores com carteira assinada no país alcançou novo recorde histórico com 43.144.732 postos de trabalho.
O resultado do mês manteve o desempenho positivo do mercado formal no país, somando saldo de 2.466.377 empregos no país até novembro, decorrentes de 21.230.904 admissões e 18.764.527 desligamentos no período.
De julho de 2020 a novembro de 2022, período de retomada do emprego formal no país, o saldo alcançou 6.450.256 novos postos de trabalho. Já considerando os últimos 12 meses (de dezembro de 2021 a novembro de 2022), o país tem saldo positivo de 2.173.080 empregos com carteira assinada – resultado de 22.710.744 admissões e 20.537.664 desligamentos.
No mês de novembro, o saldo positivo de empregos celetistas foi verificado em 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para São Paulo (com 50.908 postos), Rio de Janeiro (25.223 postos) e Rio Grande do Sul (11.679 postos).
Na análise por grupamento de atividades econômicas, dois dos cinco grandes grupos tiveram saldo positivo. O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor do comércio (com 105.969 postos), com destaque para subsetor do comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (+20.731).
Em seguida, com saldo de 92.213 postos de trabalho formais, vem o setor de serviços. Ênfase para o subsetor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com saldo de 52.358 vagas no mês.
A indústria apresentou saldo negativo (-25.207), com impacto principalmente do setor sucroalcooleiro. Também tiveram saldo negativo o setor da construção (-18.769) e agropecuária (-18.211).
