Prudentinos no Reino Unido e a esperança da vacina

Saiba como está a expectativa das famílias que esperam a imunização contra a Covid-19

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 11/12/2020
Horário 05:35
Foto: Arquivo pessoal
Ana Carolina e o marido estão ansiosos para imunização
Ana Carolina e o marido estão ansiosos para imunização

O Reino Unido é o primeiro país a autorizar a utilização da vacina contra a Covid-19. O marco denominado “Dia V” – referência ao Dia da Vitória da 2ª Guerra Mundial, foi na terça-feira, 8 de dezembro, data em que foram aplicadas doses em pessoas acima de 80 anos, profissionais do sistema de saúde sob maior risco e funcionários de casas de repouso. Apesar de estarem um pouco distantes do calendário de vacinação, moradores de Presidente Prudente que residem no país europeu conversaram com a reportagem sobre as expectativas da imunização.  

A advogada Vitoria Nabas, 48 anos, diz que não vê a hora de ser vacinada. Ao receber a notícia da autorização das doses, a moradora de Londres conta que ficou “superfeliz”. “A sensação é ótima, mais do que tudo traz esperança, de que tem uma luz no fim do túnel e ela existe”, afirma. Com base no que acompanha na mídia local, acredita que será vacinada no meio do ano que vem. Enquanto o grande dia não chega, continua tomando as medidas restritivas para evitar o contágio. 

E olha que ficar em casa não tem sido um problema para ela. Logo que o país entrou em lockdown, no dia 23 de março, a família da prudentina fechou as portas de casa e permaneceu em confinamento até o dia 6 de julho. “Fizemos supermercado e farmácia tudo pela internet, com entregas pelo buraco da porta de casa”, explica. “Ficamos sem pisar o pé na rua”, literalmente. 

O aconchego da casa também virou rotina para a família da universitária Isabelle Oliveira, 20 anos. Na cidade de Bournemouth, onde mora com o pai Gleisson, 42 anos, a mãe Dalva, 41 anos, e o irmão Isaia, 14 anos, a pandemia não foi tão agressiva quanto nos locais ao redor.

“Sair era apenas para o essencial mesmo, tinha até policiais nas ruas que paravam e perguntavam para onde estavam indo”, explica. A estudante lembra que a autorização da vacina foi vista como “um choque”, mas que pretende tomar quando for liberada para sua faixa etária. 

Na contramão, afirma que os pais estão com receio da aplicação das doses. “Dizem que foi tudo muito rápido e que talvez não seja seguro tomar a vacina”, salienta. 

Normas menos restritivas

A prudentina Ana Carolina Lima Silva, 25 anos; mora na região de Hertfordshire. Ela e o marido Lucas, 26 anos, estão ansiosos para receberem as doses, mesmo sabendo que ainda pode demorar alguns meses.

“Como temos entre 25 e 26 anos, sem problemas de saúde, para a gente ser imunizado vai ser entre março e abril. Mas não estamos com tanto medo assim porque sempre tomamos as medidas, cautelas para evitar o contágio”, explica. 

Ana Carolina conta que com a chegada da imunização, as normas para evitar aglomerações se tornaram menos restritivas no Reino Unido.

“Agora você pode entrar em um estabelecimento sem ter alguém regulando a entrada e saída, mas desde que esteja de máscara, álcool em gel e respeitando o distanciamento”, afirma. “Está menos rígido que antes, nossa vida começou a ficar corrida”. 

Mesmo com a situação caminhando para a normalidade no país, ela ainda se preocupa com a família em Presidente Prudente. “Vira e mexe eu olho os noticiários do Brasil e uma hora está bem, outra não, está oscilando. Eu sempre falo para minha mãe que ela é um dos grupos de risco, e que é para continuar tomando todas as medidas de higiene”. 

Foto: Arquivo pessoal
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