Quando a internet era jovem e a IA ainda não mandava em mim

OPINIÃO - Luis Fante

Data 14/02/2024
Horário 06:07

Nos últimos 25 anos, testemunhei, como publicitário e jornalista especializado em marketing, uma revolução sem precedentes na forma como nos comunicamos, consumimos e interagimos com o mundo ao nosso redor. Desde a ascensão da internet até a onipresença da inteligência artificial, cada inovação redefiniu nossas vidas de maneiras inimagináveis.
A internet, sem dúvida, foi o catalisador dessa transformação global. Ela democratizou o acesso à informação, rompeu barreiras geográficas e culturais, e reinventou a comunicação. As redes sociais, por sua vez, remodelaram nossas interações sociais, criando novas formas de expressão e engajamento. No campo da música e das artes, a tecnologia digital facilitou a criação, distribuição e consumo, lançando artistas de todos os cantos do planeta para um público global.
Vi a publicidade evoluir de anúncios em mídias tradicionais para campanhas altamente personalizadas e interativas em plataformas digitais. A capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real transformou a maneira como as marcas se comunicam com seu público, tornando as mensagens mais relevantes e impactantes.
Olhando para o futuro, os próximos cinco anos prometem ser ainda mais revolucionários. A inteligência artificial, que já está começando a compor músicas, criar obras de arte e escrever textos, poderá assumir funções criativas com uma eficiência e personalização que desafiam nossa compreensão atual. A realidade aumentada e a realidade virtual prometem transformar ainda mais nossa experiência do mundo, misturando o digital e o físico de maneiras que apenas começamos a explorar.
Entretanto, essas mudanças trazem consigo reflexões importantes sobre privacidade, ética e o futuro do trabalho humano. Como sociedade, enfrentaremos desafios significativos em adaptar nossas leis, nossa economia e até mesmo nossa percepção de identidade e propósito ao ritmo acelerado da inovação tecnológica.
Concluindo, as palavras de Marshall McLuhan, "O meio é a mensagem", nunca foram tão pertinentes. As ferramentas e tecnologias que adotamos transformam não apenas como comunicamos, mas quem somos. À medida que avançamos para um futuro repleto de possibilidades inexploradas, é crucial abraçarmos a mudança com um olhar crítico, garantindo que a tecnologia enriqueça, e não diminua, a experiência humana.
Este texto é um convite à reflexão sobre como podemos moldar o futuro da tecnologia de forma consciente e intencional, garantindo que ela sirva à humanidade, e não o contrário. Sentado na sua cadeira preferida, que reflexões isso lhe traz?

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