Quinta-Feira Santa

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da harpa e da harpia

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 14/04/2022
Horário 05:30

Foi numa quinta-feira, há mais de 2021 anos (lembrai-vos que 2022 ainda não terminou), que um homem foi submetido a um verdadeiro massacre. Apanhou muito e foi humilhado depois de ser preso por guardas do Sinédrio, na Palestina de então. Evidente que falo de ninguém menos do que Nosso Senhor Jesus Cristo, o Rei dos Reis, como é conhecido.
Morreu pregado na cruz na sexta-feira. Foi crucificado, pena de morte que o Império Romano aplicava contra seus inimigos, embora Jesus não fosse inimigo dos ocupantes da Palestina. Mas, com o monstro Caifás à frente, o Sinédrio exigiu a crucificação de Jesus e foi atendido por Roma. 
Numa consulta feita pelos romanos, pessoas manipuladas pelo Sinédrio exigiram a morte de Jesus e a soltura de Barrabás, que, aliás, também se chamava Jesus, nome comum naquela época. Dizer que Barrabás era um bandido, um cangaceiro da época, não corresponde bem aos fatos. 
Se entendi direito, Barrabás era guerrilheiro, uma pedra no sapato do Pôncio Pilatos. Portanto, não era pacifista como Jesus. Queria resolver na porrada, libertar sua terra do jugo romano. Isso nem sempre é o melhor caminho, como ensinou Gandhi, para combater a opressão ou a distopia, palavra muito usada hoje em dia. Aliás, dizem que a distopia vigora no Brasil atualmente, mas carece estudar, como diria um prefeito do interior paulista.
Dizem que Jesus - li a respeito - não teria sido perseguido e assassinado se tivesse nascido na Índia. Isso porque a Índia não era um país tumultuado do ponto de vista sócio-econômico, digamos assim, como a Palestina dominada pelos romanos. 
Ou seja: Jesus teria convivido com pessoas mais espiritualizadas e zen, calminhas, sem gente maluca por perto. Pode ser. Buda nasceu na Índia, na região onde fica o Nepal no dia 8 de abril (não sei o ano), e, ao que parece, nunca foi perseguido. Mas são apenas conjecturas e outros babados de cronista metido a historiador (te cuida, Breno Altman).
Depois de tanto sofrimento, Jesus ressuscitou no terceiro dia, como está escrito no Novo Testamento. A ressurreição é outro tema polêmico e quem sou eu, um Baixíssimo, para duvidar da ascensão do Altíssimo para o céu depois de morto. Sobre este assunto, gosto de citar a observação do grande psicanalista Hélio Pellegrino: "A ressurreição é a última grande utopia do ser humano". Não sei o que dizer, mas torço para que todos tenham um lugar garantido no céu, mas combinem antes com São Pedro. 

DROPS

No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo.
(Jesus Cristo)

E os pastores do Ministério da Educação, suspeitos de receber propinas? Parece que eles se esqueceram do mandamento Não Furtarás.

O deputado marombado Daniel Silveira quer ser julgado pela Justiça Militar e não pelo STF. Ué, ele se alistou no Exército?

Filme da Semana na Europa subserviente: "O Comediante Farsante", estrelando Zé Lensky, Zé Bidê, Boris Despenteado e grande elenco.
 

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