RA de Prudente sustenta terceira maior taxa

Ainda na contramão do Estado, as principais vítimas fatais da região foram registradas em acidentes de automóveis.

REGIÃO - Elaine Soares

Data 28/05/2013
Horário 09:15
 

Composta por 53 municípios, a Região Administrativa (RA) de Presidente Prudente (10ª RA) sustenta a terceira maior taxa de mortalidade por acidentes de transporte do Estado em estudo divulgado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Com um índice de 29,18 mortes para cada 100 mil habitantes, a regional está acima da média do Estado - que é de 19,16 óbitos para a mesma quantidade de pessoas - ficando atrás apenas das regionais de Registro e de São José do Rio Preto, com índices de 34,14 e 30,62, respectivamente. A pesquisa, que traz informações referentes a 2011, aponta o total de 244 falecimentos na regional prudentina.

Jornal O Imparcial Acidentes envolvendo motocicletas culminaram em 51 óbitos na região, informa Seade

Ainda na contramão do Estado, as principais vítimas fatais da região foram registradas em acidentes de automóveis. Foram 87 no total, o equivalente a 35,6%. Os acidentes de motocicleta culminaram em 51 mortes ou 20,9%, enquanto que 36 pedestres ou 14,6% perderam a vida no trânsito. Em âmbito estadual, os transeuntes constituem a maioria dos óbitos, sendo 26,6%, o que representa que das 7.967 pessoas que perderam a vida no trânsito, 2.119 eram pedestres.

A maior cidade do oeste paulista é também a detentora do maior número de vidas ceifadas em acidentes envolvendo transporte no ano retrasado, contabilizando 49. Na sequência, figuram Álvares Machado, com o registro de 20 óbitos, e Presidente Venceslau, com 12. Em contrapartida, 13 municípios tiveram índice zero de mortes desta natureza, entre eles Flora Rica, Inúbia Paulista e Sandovalina. A pesquisa ainda aponta que outras dez cidades perderam um habitante cada, enquanto cinco lamentaram a morte de dois moradores.

O estudo da Fundação Seade revela que, em 2007, a RA de Prudente apresentava índice inferior ao constatado no ano retrasado, com óbitos que não chegavam a 20 para cada 100 mil habitantes, e aponta que a taxa sustentada em 2011 é a pior desde 2006, quando a média passava dos 20, mas não chegava aos 25.

 

Ações

Tendo assumido a pasta este ano, o titular da Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública (Semav), Oswaldo de Oliveira Bosquet, diz que todas as ações realizadas em Prudente são colocadas em prática com o objetivo de fazer com que o trânsito seja mais seguro não apenas para os condutores, mas também para os pedestres. Com isso, o secretário espera que os números de óbitos na cidade que, atualmente, abriga 157.552 mil veículos - com 546 tendo sido emplacados somente nos últimos 15 dias -, sejam reduzidos em estudos posteriores.

A exemplo das medidas em andamento, cita a implantação de tarjas vermelhas nas faixas de pedestres localizadas em locais de grande fluxo de pessoas. "Este sistema chamará mais a atenção dos motoristas", explica. Além desta ferramenta, lembra das alterações feitas nas principais avenidas do município, como redirecionamento de conversões e mudanças de sentido de tráfego em determinadas ruas. "A instalação de radares também está sendo estudada em algumas avenidas", comenta.

O secretário ainda cita a campanha "Prudente 100% Trânsito + Gentil", recentemente encerrada, que contou com a parceria dos escoteiros e ciclistas com a finalidade de conscientizar os motoristas quanto ao uso do cinto de segurança, excesso de velocidade e uso indevido do celular.

Bosquet acrescenta que o sistema viário do município também está prestes a ganhar melhorias por meio de projetos de mobilidade que estão sendo elaborados, além de pavimentações que são "alvos constantes de investimento". "Nossa meta diária é proporcionar um trânsito com melhor trafegabilidade e segurança à população", garante.

Em relação a todo o Estado, a Fundação espera que as taxas de mortalidade sejam menores devido à legislação "mais rigorosa", à manutenção e melhoria das rodovias, fiscalização reforçada e "maior segurança e vistoria mais rígida dos veículos e equipamentos de segurança para os pedestres e motociclistas".
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