Radar do futuro

Cassio Betine

COLUNA - Cassio Betine

Data 28/12/2025
Horário 04:30

Pesquisadores da Universidade Rutgers, nos EUA, desenvolveram um tipo de plástico “programável” capaz de se autodestruir em dias, meses ou anos, conforme o ajuste definido.

A inovação se inspira em polímeros naturais como DNA e proteínas, nos quais as moléculas se quebram quando ativadas — e essa ativação pode ocorrer por estímulos luminosos, como a própria luz do sol.

Assim, a luz natural desencadeia a reação química necessária para decompor o material no tempo previamente estabelecido.

Uma ideia brilhante, não? Imagine quanta poluição poderia ter sido evitada se os plásticos fossem produzidos dessa forma.

O desafio agora é transformar essa descoberta em uma solução viável comercialmente.

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Os oceanos poderão em breve contar com um “olho” brasileiro para monitorar vazamentos de óleo.

Estudantes do Instituto Mauá de Tecnologia desenvolveram um nanossatélite equipado com inteligência artificial capaz de rastrear essas ocorrências no mar em tempo quase real.

Além de identificar manchas, o sistema também localiza embarcações próximas, permitindo apontar os responsáveis com precisão impressionante.

O projeto combina engenharia e inovação para vigiar áreas onde a visão humana não alcança.

Interessante, não? É o Brasil mostrando que o futuro da preservação ambiental não se limita à terra, mas também orbita sobre nossas cabeças.

Agora, falta apenas o financiamento necessário para transformar essa ideia em realidade.

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Pesquisadores da Universidade da Califórnia identificaram uma molécula de RNA — essencial para o funcionamento do corpo — que regula diretamente a produção de colesterol no fígado.

Esse fragmento reage às variações de colesterol e ativa genes responsáveis por sua síntese, o que pode elevar o risco de aterosclerose.

A equipe descobriu uma forma de bloquear essa molécula, reduzindo o colesterol hepático e diminuindo de maneira significativa os efeitos nocivos associados.

O avanço pode representar um marco no combate às doenças cardíacas, abrindo caminho para terapias inovadoras.

Atualmente, o tratamento está em fase de testes em humanos para avaliar sua eficácia real.

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Folhas de café, antes vistas como lixo agrícola, estão ganhando nova utilidade em laboratórios brasileiros.

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos e da USP (Universidade de São Paulo) descobriram que esse material pode servir como base para medicamentos inovadores, sistemas de purificação de água e até componentes de computadores ecológicos — sim, essas folhas têm potencial para atuar como semicondutores.

O que antes era apenas resíduo agora desponta como elemento-chave em tecnologias sustentáveis capazes de transformar o futuro.

Imagine só: da xícara de café ao avanço científico, um trajeto surpreendente que une saúde, meio ambiente e inovação em uma revolução verde que está só começando.

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Um vietnamita decidiu romper com a vida urbana e construiu, sozinho, uma vila flutuante autossuficiente em um lago isolado.

Utilizando apenas bambu, madeira e técnicas tradicionais simples, ele ergueu estruturas que garantem abrigo, alimento e segurança — tudo isso sem eletricidade ou qualquer máquina moderna.

Sua casa conta com cozinha, áreas de cultivo, tanque de peixes e até barcos artesanais, formando um ecossistema vivo e integrado.

Mais que uma curiosidade, o projeto revela um experimento radical de autonomia: mostrar que é possível viver e prosperar fora do sistema moderno, desafiando a lógica da dependência tecnológica.

Ah, e sem celular. Nenhum. E você... toparia viver assim?

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