As eleições gerais de 2018 ocorrem no dia 7 de outubro, mas as preparações para o pleito seguem desde o início do ano, quando, por exemplo, os futuros candidatos aos cargos de presidente da República, governadores dos Estados, senadores, deputados federais, estaduais ou distritais precisaram registrar, em 7 de abril, o estatuto de participação perante o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A região de Presidente Prudente, com isso, conta com pelo menos 28 pré-candidatos às votações, sendo a maioria deles, 22, para o cargo de deputado estadual, e os outros seis para deputado federal. A reportagem usou como critério os aspirantes que residem em cidades da 10ª Região Administrativa. Outros nomes podem ser consultados aqui.
Para o sociólogo e economista, Wilson de Luces Fortes Machado, o grande número de representações pode ser um risco para a região, já que os votos se “dissipam” para diversos candidatos, que não atingem o coeficiente para a eleição.
Este diário, em março, noticiou os possíveis candidatos ao pleito, no entanto, alguns nomes novos surgiram, e outros que eram cogitados não seguem na disputa. Em exemplo é o agropecuarista Thiago Jacinto (MDB), que deveria tentar um mandato na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), mas não segue ao pleito, como informado pelo partido. Já Fábio César Sato (PSD), que na época analisava a qual cadeira pleitearia, informou à reportagem que já decidiu a pré-candidatura, que segue em nível estadual.
Na mesma esfera, para representar a região, seguem confirmados, além de Fábio Sato, pelo menos outros 21 pré-candidatos, são eles: Adão Lima (PR); Adilson Silgueiro (MDB); Alexandre Godinho Bertoncello, Professor Bertoncello (Partido Novo); Antônio Ferrari (PV); Aparecida Batista Dias Barreto de Oliveira, Cida Barreto (PR); Bruno Lozzi da Costa (PSOL); Carlos Rossato (PR); Ed Thomas (PSB); Edgarg Puccinelli (MDB); Fátima Lira (PR); Geraldo de Souza, Geraldo da Padaria (PSD); Guilherme Piai (PR); Jocelino José de Santana (PODE); José Carlos (PR); José Minatti Júnior (PP); Kazu Reis (PR); Marcelo Manfrim (PR); Mauro Bragato (PSDB); Samanta Meneguesso (PR); Sérgio Donha (PR); e Sérgio Roberto Mele (Patriota).
Já em âmbito federal, conforme apurado pela reportagem, são pelo menos seis pré-candidatos, sendo eles: Gildo José Pedrosa (PRB); Izaque José da Silva (PSDB); José Aparecido Lira (PR); José Lemes Soares (PRB); Juliano Borges (Podemos); e Talmir Rodrigues (Solidariedade). Com isso, vale lembrar que todos os pré-candidatos devem seguir o calendário eleitoral estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral, que determina, por exemplo, a filiação junto aos partidos que ocorreu até 7 de abril. Entre as ações segue ainda a propaganda intrapartidária, a partir de 5 de julho, quando os políticos com vistas à indicação, conforme o TSE, podem realizá-la, mas com a proibição do uso de rádio, televisão ou outdoor.
A data de 15 de agosto é o prazo máximo para que os partidos e coligações apresentem, junto à Justiça Eleitoral, o requerimento de registro de candidatos, sendo que a propaganda eleitoral passa a ser permitida um dia depois, como os comícios, carreatas, distribuição de material gráfico e propagandas na internet. Ainda segundo o TSE, neste ano, o horário eleitoral gratuito em rádio e televisão terá início em 31 de agosto, com término em 4 de outubro, e contará neste ano com 10 dias a menos do que as eleições anteriores.
Número de candidatos
Conforme Wilson Machado, é possível analisar a quantidade de candidatos em aspectos positivos, mas também há aqueles que são negativos. Entre os fatores que podem ser benéficos, ele lembra que o número “exagerado” mostra que há um interesse da inserção na política, o que poderia indicar uma renovação. “Em termos de eleitorado, em todo o país, tem havido um baixo interesse pelas eleições e este pode ser um novo cenário”.
Por outro lado, a dissipação de votos, já que cada um dos 28 receberá certa quantidade, faz com que a região corra um risco não ter representações políticas nas esferas estadual e federal, conforme o sociólogo. “O eleitorado regional é baixo perto de outras regiões, então, essa dissipação é um risco, pois candidatos mais conhecidos apresentam maiores chances neste momento e, nem sempre, eles são da região. No entanto, votar em pessoas que representem o oeste paulista é o melhor negócio, pois isso pode angariar fundos futuros e investimentos locais”, lembra Wilson. Por fim, ele deixa uma dica e uma possível solução para que não haja este problema de perder a representação regional, que seria escolher pessoas que já trabalham, mesmo sem um cargo, por melhorias locais em diversos aspectos e conhecer as coligações firmadas.