Região figura em 24º em ranking de exportações

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 03/02/2016
Horário 05:48
 

A região de Presidente Prudente ocupa a 24ª posição em ranking sobre a participação de 39 regiões paulistas do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em balanço de 2015. A diretoria regional em Prudente compreende 65 municípios, e sua atividade industrial rendeu US$ 51,7 bilhões da pauta exportadora estadual, responsável por 27% do montante vendido pelo Brasil no mercado global no acumulado no ano passado. A lista foi elaborada pelo Depecon (Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas) em conjunto com o Derex (Departamento de Relações Exteriores) do Ciesp e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a partir de dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

A remessa de produtos ao exterior dos municípios que compõem a regional no acumulado de 2015 caiu 24,7%, em relação ao mesmo período de 2014, passando de US$ 936,5 milhões para US$ 705,2 milhões. As importações caíram 32,9%, passando de US$ 66,5 milhões para US$ 44,6 milhões, entre o acumulado de 2014 e o mesmo período de 2015. A corrente de comércio regional teve retração de 25,2% de US$ 1 bilhão para US$ 749,9 milhões.

O estudo revela também que a principal cidade com participação do montante é Prudente, com contribuição regional de 20,5% na exportação e 23% na importação. Segundo a Assessoria de Imprensa do órgão, o saldo da balança comercial, no acumulado de 2015, foi superavitário em US$ 660,6 milhões, enquanto, no mesmo período de 2014, o saldo foi superavitário em US$ 870,1 milhões, uma queda de 24,1%.

De acordo com Wadir Olivetti Júnior, diretor regional do Ciesp/Fiesp, a queda está relacionada aos reflexos da crise financeira. "A situação regional segue o mesmo fluxo do restante do país", comenta. Ele diz que com a falta de dinheiro em circulação no mercado geral, as indústrias têm reduzido a produção e o comércio exterior também tem receado as compras dos produtos brasileiros. "Com o dólar em alta, seria um momento propício para gerar grande exportação, mas devido à nossa instabilidade econômica e queda de produção, a situação tem sido diferente", expõe. "Sobre a importação, o motivo também é claro. O poder de compra do brasileiro e a inflação tomaram grande força no decorrer do ano passado", acrescenta.

 

Destaques


Nas exportações da região, os destaques são: açúcares e produtos de confeitaria (US$ 292,0 milhões). Em segundo lugar estão as carnes e miudezas comestíveis (US$ 105,1 milhões); e peles, exceto a peleteria (peles com pelo), e couros (US$ 89,5 milhões). Os principais destinos das exportações da região foram: China (12,7% do total exportado); Estados Unidos (6,3%); e Hong Kong (4,9%).

Nas importações da região, os destaques são: instrumentos musicais, suas partes e acessórios (US$ 6,4 milhões); máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes, aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios (US$ 6,4 milhões); produtos diversos das indústrias químicas (US$ 6 milhões). As principais origens dos produtos importados pela região foram: China (41,5% do total importado); Índia (14,3%); e França (6,8%).

De acordo com Roberto Moreira, presidente do Sintiapp (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Presidente Prudente e Região),o gênero alimentício sempre esteve em destaque nos índices de  exportação regional, assim como do país, por ter forte vocação agropecuária e abastecer diversos países que tem déficit de alguns produtos. "Mesmo com a queda geral, por conta do dólar, o açúcar teve grande saída do país. O ano teve grande produção, com certa queda no fim do ano, entre novembro e dezembro, devido às chuvas que atrapalharam a colheita da cana. Já a carne, a maior compradora da região foi a China", expõe.

 
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