A região de Presidente Prudente registrou média diária de oito ataques por escorpiões no ano passado. De acordo com dados atualizados em 6 de dezembro pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), da Secretaria Estadual de Saúde, houve 1.846 ocorrências na área do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) de Presidente Venceslau e 1.087 na circunscrição do GVE de Prudente. A soma é de 2.933 acidentes envolvendo o aracnídeo no período de 339 dias. Apesar disso, não foram contabilizados óbitos em decorrência das picadas.
O GVE de Venceslau engloba 21 municípios da região, enquanto o de Prudente abrange 24, totalizando as 45 cidades atendidas pelo DRS-11 (Departamento Regional de Saúde).
Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde informou que, na ocorrência de acidentes escorpiônicos, a unidade de referência aos casos do tipo na região é o HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente.
O soro antiescorpiônico também está disponível em pontos estratégicos: no Hospital Municipal de Iepê, Santa Casa de Misericórdia de Martinópolis, Pronto Atendimento Municipal de Pirapozinho, Santa Casa de Misericórdia de Prudente, Hospital Maternidade de Rancharia, Hospital de Caridade Anita Costa de Santo Anastácio, Santa Casa de Misericórdia de Dracena, Pronto Atendimento Municipal de Euclides da Cunha Paulista, Santa Casa de Misericórdia de Junqueirópolis, Pronto Atendimento Municipal de Mirante do Paranapanema, Pronto Atendimento Municipal de Panorama, Santa Casa de Misericórdia de Presidente Epitácio, Santa Casa de Misericórdia de Presidente Venceslau, Hospital Regional de Porto Primavera (Rosana), Hospital Regional de Teodoro Sampaio e Santa Casa de Misericórdia de Tupi Paulista.
O Centro de Vigilância Epidemiológica, vinculado à pasta, aponta que, devido às constantes altas temperaturas, os ataques por escorpiões ocorrem em grande número ao longo de todo o ano no Estado de São Paulo, onde há três espécies causadoras de acidentes em seres humanos, sendo Tityus serrulatus, T. bahiensis e T. stigmurus. O primeiro é o escorpião amarelo, exemplar mais prevalente e que causa o maior número de ocorrências e as de maior gravidade.
O órgão destaca que a maioria dos casos tem evolução benigna, enquanto as ocorrências graves e óbitos têm sido associados a acidentes pelo escorpião amarelo em crianças de até 10 anos. Desse modo, ao apresentar os primeiros sinais e sintomas de envenenamento sistêmico, este público deve receber o soro específico o mais rapidamente possível, bem como cuidados para manutenção das funções vitais.
Os demais pacientes também devem procurar um ponto estratégico ou a unidade de referência. O CVE denota que, na maioria dos casos, nos quais há somente quadro local, o tratamento é sintomático e consiste no alívio da dor por infiltração de anestésico sem vasoconstritor ou analgésico sistêmico. Já o tratamento específico consiste na administração do soro antiescorpiônico aos pacientes clinicamente classificados como moderados ou graves.
Para evitar ocorrências envolvendo picaduras por escorpiões, o Centro de Vigilância Epidemiológica ressalta que os cidadãos devem adotar uma série de cuidados dentro de casa, como manter jardins e quintais limpos; evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das residências; evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbustos, bananeiras e outras) junto a paredes e muros; manter a grama aparada; limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos numa faixa de um a dois metros junto às casas; e sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, já que aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo.
É indicado ainda não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres; usar calçados e luvas de raspas de couro para atividades em que seja preciso colocar a mão e pisar em buracos, entulhos e pedras; vedar as soleiras das portas (com saquinhos de areia, panos ou veda porta) e janelas quando começar a escurecer; usar telas em ralos do chão, pias ou tanques; vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e as paredes; consertar rodapés despregados; e colocar telas nas janelas.
Outras orientações são afastar as camas e berços das paredes; evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão; não pendurar roupas nas paredes; acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados, a fim de evitar baratas, moscas ou outros insetos que servem de alimento para os escorpiões; e preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas, como aves de hábitos noturnos (coruja e joão-bobo), lagartos, lagartixas e sapos.
QUE UNIDADE PROCURAR CASO EU SEJA PICADO POR ESCORPIÃO?
• Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, em Presidente Prudente;
• Hospital Municipal de Iepê;
• Santa Casa de Misericórdia de Martinópolis;
• Pronto-Atendimento Municipal de Pirapozinho;
• Santa Casa de Misericórdia de Prudente;
• Hospital Maternidade de Rancharia;
• Hospital de Caridade Anita Costa de Santo Anastácio;
• Santa Casa de Misericórdia de Dracena;
• Pronto Atendimento Municipal de Euclides da Cunha Paulista;
• Santa Casa de Misericórdia de Junqueirópolis;
• Pronto Atendimento Municipal de Mirante do Paranapanema;
• Pronto Atendimento Municipal de Panorama;
• Santa Casa de Misericórdia de Presidente Epitácio;
• Santa Casa de Misericórdia de Presidente Venceslau;
• Hospital Regional de Porto Primavera, em Rosana;
• Hospital Regional de Teodoro Sampaio;
• Santa Casa de Misericórdia de Tupi Paulista.