A paralisação das aulas pelo mundo e no Brasil, que começou em março, pegou todos de surpresa. Com ela, pais, alunos e educadores sentem-se desafiados diante da necessidade de manter a qualidade do ensino e não perder o ano letivo. Acredita-se que as aulas presenciais voltam em agosto, contudo, há especialistas que estimam a volta somente para 2021, para algumas regiões. Diante deste cenário de incertezas, o ensino a distância tomou forma e entrou na rotina de milhares de alunos e educadores pelo país.
Celso Tatizana especialista em Tecnologia Educacional, em um webinar disponível nas redes sociais, fala sobre os desafios e as soluções para área de educação, nesta fase de pandemia. O primeiro deles é a estrutura para acesso às aulas a distância: sabemos que há alunos que não têm acesso à internet de boa qualidade ou mesmo o equipamento adequado. Por isso, neste momento, o celular parece ser o equipamento mais democrático para acesso ao conteúdo e conhecimento.
Diante deste cenário, o ensino a distância tomou forma e entrou na rotina de milhares de alunos e educadores pelo país
Segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas), há mais celulares no país do que habitantes, sabemos que mal distribuídos: alguns têm vários aparelhos e outros nenhum! Contudo, é o equipamento que contempla um número maior de pessoas. Conforme Celso Tatizana, “nesta fase de pandemia é preciso pensar diferente, buscar alternativas, treinar habilidades e adotar novas ferramentas”. Geralmente, o que se vê são professores transferindo o ensino expositivo presencial para o ensino a distância, nitidamente incompatível. “O ideal é o aluno de EAD criar a sua própria rotina e a escola contar com sistema de avaliação eficaz de aprendizagem”, diz.
Diante da pandemia e de um inimigo invisível, a humanidade está sendo convidada a sair da sua zona de conforto, a “pensar fora da caixa”, criar e inovar nas soluções para os problemas gerados com a Covid-19. Sobretudo na educação, onde as aulas expositivas se revelaram incompatíveis com os desafios impostos nesta fase. As reposições das aulas instigaram alunos e professores. Esta é uma grande oportunidade de gerar novas habilidades e conhecimentos, capazes de revolucionar o processo de ensino e aprendizagem no país.
