Sustentabilidade hídrica regional será debatida em audiência pública

“Entendemos que os investimentos e as parcerias não podem parar e são imprescindíveis, mas as considerações climáticas devem ser reconhecidas", cconsideram.

PRUDENTE - Elaine Soares

Data 11/03/2015
Horário 09:17
 

A sustentabilidade hídrica da região será assunto de uma audiência pública, cuja data ainda será agendada pela Câmara Municipal de Presidente Prudente. A realização do evento foi decidida anteontem com a aprovação do requerimento dos vereadores José Geraldo de Souza, o Geraldo da Padaria, e José Carlos Roberto, ambos do PT. O encontro deve reunir representantes de órgãos estaduais e municipais, além de entidades, estudiosos do assunto e a população em geral. A intenção, conforme os parlamentares, é "obter respostas sobre a possibilidade de escassez de água no oeste paulista", bem como saber "quais os estudos existentes das condições de abastecimento hídrico em Prudente e região e suas implicações".

No requerimento, divulgado pela Assessoria de Imprensa da casa de leis, os parlamentares apontam a "evidente" fragilidade do sistema hídrico do Estado. Reforçam também a escassez do recurso natural frente a uma "iminente falta de água". Citam ainda os estudos, planos de contingência e ações que são desenvolvidas pelos veículos de abastecimento, porém, se posicionam: "Entendemos que os investimentos e as parcerias não podem parar e são imprescindíveis, mas as considerações climáticas devem ser reconhecidas", cconsideram.

Conforme Café e Geraldo da Padaria, um levantamento realizado por uma estudiosa da USP (Universidade de São Paulo) mostra que, atualmente, não existe nenhum mecanismo de interação entre as ações das unidades de conservação e os comitês de bacias hidrográficas. "De acordo com a pesquisadora, se não forem realizadas mudanças na forma como os recursos hídricos são geridos, teremos apenas medidas paliativas que terão resultados por um curto período de tempo, além de novos episódios de escassez, talvez ainda piores e que afetarão a economia, a qualidade de vida e o meio ambiente", registram, por meio de nota da assessoria.

 

Ordinária


Na segunda-feira, os vereadores prudentinos estiveram reunidos em sessão ordinária onde apreciaram quatro PLs (projetos de leis), entre eles o que concede reajuste salarial de 6,41% aos servidores públicos municipais ativos e inativos do Executivo, autarquias e fundação pública. Esta propositura foi aprovada em primeira e segunda discussões. "O Parágrafo Único do texto aponta que este reajuste não se aplica ao prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, bem como os que percebem pela Referência C.C.1", ressalta a Câmara. Em entrevista anterior, o Sintrapp (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Presidente Prudente) havia comentado o índice "conquistado após negociações com o Executivo", dizendo que a porcentagem consistia "basicamente no repasse da inflação". Apesar de "não ser o que os servidores desejavam", na ocasião, a presidente Ana Lúcia de Mattos Flores foi grata ao lembrar dos ganhos obtidos ao longo dos anos.

Ainda na noite de anteontem, educadoras infantis da rede municipal de ensino estiveram no auditório do plenário para acompanhar a votação de uma moção de apoio à luta da categoria pelo reconhecimento oficial dos profissionais. Conforme a assessoria da Câmara, os autores da moção, Geraldo da Padaria, Café e Démerson Dias, o Démerson da Saúde (PSB), disseram entender, apoiar e reconhecer que sem a valorização do educador infantil "não se fará educação de qualidade". Entre os destinatários, o documento será encaminhado para a prefeitura, MPE (Ministério Público Estadual) e Diretoria de Ensino.
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