Tapinha nas costas

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 11/12/2018
Horário 04:03

O Mindset, ou seja, a predisposição que as pessoas têm para um determinado comportamento ou pensamento é algo muito poderoso na vida de todos nós. Por isso, quando alguns se acham dono do saber diante de décadas de experiência em determinado negócio e outros se consideram um fracasso, ambos devem tomar cuidado com o “tapinha nas costas”.

O “tapinha” que me refiro é uma analogia utilizada pelo professor Mário Sérgio Cortella, que conta a seguinte estória: “Uma senhora pega um táxi para o aeroporto e percebe que o taxista está muito quieto, diferente dos outros que geralmente puxam conversa. Então, numa tentativa de abrir a comunicação ela dá um tapinha nas costas do motorista. Ele freia o carro de uma vez só, o joga pro estacionamento e começa a suar frio. A passageira preocupa diz: ‘Desculpe senhor, por ter lhe assustado’. Então o taxista diz: ‘Senhora que me desculpe, pois hoje é o meu primeiro dia como taxista, a senhora é a primeira passageira!’. ‘E o que senhor fazia antes?’. O taxista responde: ‘Eu trabalhei por 20 anos como motorista de um carro funerário! Nunca ninguém deu tapinha nas minhas costas antes...’”.

Cortella é feliz neste exemplo pois o passado nos ensina muito, mas diz pouco sobre como lidar com o futuro. Alguns finais de ano aterrorizaram vários comerciantes. E, ainda hoje, há muitos deles com esta sensação. Será que este medo não é o passado dando aquele “tapinha nas costas?”. Temos diversos sinais de retomada da economia, além das parcelas do 13º que aumentam a circulação de dinheiro na praça. A definição do quadro político, quanto ao futuro presidente, também ajudou no aumento da confiança. Isto gera emprego. Deste, a renda aumenta e a economia agradece. Ciclo virtuoso que se espera ver cada vez mais forte.

Portanto, para os pessimistas é importante dizer que o medo serve apenas para melhorar o planejamento do empresário, mas não deve paralisá-lo. Da mesma forma, a autoconfiança demasiada pode levar a erros fatais. Portanto, nem os erros ou vitórias do passado determinam o futuro! É hora de deixar os fracassos no passado, ficar atento com as vitórias, olhar pra frente e explorar os bons ares que estão por vir. Logo, quando receber um “tapinha nas costas”, cuidado! Pode ser o seu passado lhe assustando com modelos de comportamento que não lhe servem mais.

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