A TCPP (Transporte Coletivo de Presidente Prudente) anunciou no fim da tarde de ontem que ameaça paralisar as atividades a partir de segunda-feira de Natal, dia 25, pela falta de pagamento por parte da Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento) no valor de R$ 132 mil, em relação à compra de vales-transportes aos funcionários. A dívida por parte da Prudenco, porém, dobra e chega ao valor de mais de R$ 265 mil se somada com a falta de pagamento à Company Tur Transporte e Turismo, conhecida como Pruden Express. De acordo com a advogada que representa as empresas de transporte, Renata Moço, uma notificação foi enviada à Prudenco na tarde de ontem e dá o prazo de 24 horas para o pagamento do montante total para que o serviço da TCPP não deixe de ser prestado a partir de segunda-feira. A reportagem tentou contato com o diretor-presidente da Prudenco, Mateus Martins Godoi, para repercutir a situação, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
No ofício, as empresas afirmam que a falta de pagamento é referente aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, e salientam que a Prudenco já foi notificada das cobranças no mês passado. “Até a presente data [ontem], os débitos com as empresas de transporte coletivo perfazem um total de R$ 265.508,28, e é de conhecimento público que a TCPP passa no momento por sérias dificuldades financeiras”, explica o ofício e justifica a possível paralisação no próximo dia 25. Somente com a TCPP, a dívida passa dos R$ 132 mil.
A advogada das empresas salienta no documento ao “inexperiente administrador” notificado, o diretor-presidente da Prudenco, que tal montante possui a capacidade de afetar a sustentabilidade financeira de qualquer empresa, ainda mais em tempos de crise econômica, além de ressaltar que o pagamento por parte da Prefeitura de Presidente Prudente, já que a Prudenco é uma empresa mista, segue em dia e não apresenta atrasos.
Por fim, a notificação explica que a TCPP paralisará as atividades, ou seja, não oferecerá o serviço de transporte coletivo a partir do dia 25, pela falta de pagamento dos vales-transportes adquiridos, bem como a compra sem licitação de um ônibus da TCPP e que também ainda não foi pago. “A única forma de evitar tal paralisação é o pagamento dos valores devidos pelos serviços prestados, em um prazo não prorrogável de 24 horas, bem como o pagamento do coletivo alienado”, expõe Renata. A notificação informa, por fim, que medidas legais serão tomadas junto ao MPE (Ministério Público do Estado).
A reportagem tentou contato com diretor-presidente da Prudenco, Mateus Martins Godoi, após as 18h, momento em que teve acesso ao documento, para repercutir a notificação e entender a situação por parte da empresa, mas não conseguiu um retorno até o fechamento desta matéria. Da mesma forma ocorreu com a Prefeitura, representada pelo secretário municipal de Comunicação, Osvaldo Torino, que não atendeu às ligações.
