Desde 1º de janeiro de 2015, as distribuidoras de energia elétrica transferiram os ativos de iluminação pública para as prefeituras de todo o País, as quais assumiram a responsabilidade por operar e repor lâmpadas, suportes e chaves, além de trocar luminárias, reatores, relés, cabos condutores, braços e materiais de fixação.
As prefeituras normalmente contratam empresas especializadas para a execução dos serviços. Em Presidente Prudente, por meio de licitação, foi contratada a Ilumina Comércio e Serviços de Eletricidade Ltda, empresa fundada em 2000, especializada na gestão de iluminação pública, com mão de obra especializada.
Presidente Prudente, com 44 mil pontos de iluminação, tem um alto índice de registros de postes apagados a noite ou acesos durante o dia, situação agravada com as seguidas tempestades que assolaram a cidade em setembro e outubro, com rajadas de ventos de até 100 km por hora que provocaram grandes estragos, desabamentos, derrubando árvores, destelhando imóveis e arrancando placas publicitárias, de sinalização, vidraças e marquises. Diante de mais de 3 mil ocorrências, as reclamações aumentaram.
O advogado Mauro Cesar Martins de Souza, representante da empresa Ilumina, explicou que a demanda já estava reprimida há vários meses, depois de seguidas altas nos custos dos insumos e equipamentos da energia elétrica, o que foi avaliado pela Prefeitura e somente em setembro concluindo o necessário processo de reequilíbrio e atualização dos custos, para que os serviços pudessem ser realizados.
Plano de ação tem 60 dias para a regularização
Em reunião com a Prefeitura, a Ilumina delineou um plano de ação para agilizar a troca de lâmpadas e fazer reparos em toda cidade. A força-tarefa trabalha diariamente, inclusive nos finais de semana, com equipes em três turnos para agilizar os serviços. São duas estruturas a mais que as previstas em contrato, especialmente para atender o plano de ação acertado com a Prefeitura.
O sistema de iluminação pública de Presidente Prudente é antigo. Não houve investimentos ao longo dos anos, e o problema foi herdado pela atual administração municipal. São vários aspectos como, o emaranhado de fios constatado por toda cidade – que impacta na queima de equipamentos. Além disso, empresas de fibra ótica e redes de tv a cabo tem usado a rede elétrica para sua expansão, sem cuidados, deixando uma série de problemas, como fios de reatores cortados.
Outra questão que impacta constantemente na queima de lâmpadas e danos na rede pública, são os galhos das árvores. Presidente Prudente é uma cidade muito arborizada. Os galhos crescem e provocam repetidamente curtos-circuitos na rede, aumentando a tensão e queima de equipamentos auxiliares como lâmpadas e relês (que deixam as lâmpadas acesas).
É grande o risco de acidentes
O representante da Ilumina alerta que o trabalho na iluminação pública é um dos setores onde ocorrem maior número de índices de acidentes, e a população precisa entender isso e ter paciência: “Num dia de chuva os trabalhadores que vão fazer os reparos correm sério risco de acidentes, colocando sua vida em risco, por isso precisam fazer os serviços com muita calma, atenção e precisão, mesmo utilizando todos os equipamentos de segurança”, pontuou.
“Água e energia não combinam. O reparo na rede de energia elétrica é um serviço que exige atenção máxima e detalhes que colocam a vida dos trabalhadores em risco. A eletricidade não tem cheiro, não tem cor e pode ser fatal, e a descarga elétrica nessa fiação de rua é acima de 10 mil volts, e os acidentes podem ser fatais”, explicou.
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Queda de árvores provocam curtos-circuitos e queima de lâmpadas e equipamentos auxiliares da rede de iluminação pública
