Terrenos em Prudente são alvos do despejo de lixo e entulho

 

Moradores de Presidente Prudente, ouvidos pela reportagem, reclamam de dois terrenos que pertencem à prefeitura e que, segundo eles, servem como depósito constante de lixo e entulho. Um dos locais fica na rua Manoel Getúlio Pereira, no jardim Carandá. A outra localidade fica no início de uma estrada rural, situada na avenida Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira, no jardim Itapura 2.

Um dos terrenos, no jardim Carandá, fica ao do Colégio Cooperativo. Nele, a reportagem flagrou sofás velhos, sacolas de lixo, entulhos e até um monitor de computador. Além disso, foi possível perceber que o bueiro está entupido devido à quantidade de objetos jogados. De acordo com a diretora da instituição de ensino, Márcia Carvalho Silva, a sensação dela em relação ao caso é de "impotência". Ela afirma que já acionou a prefeitura diversas vezes, porém, nunca obteve uma resposta clara sobre quem seria responsável pela área ou de quem é a responsabilidade de fazer a limpeza dela.

Terreno no jardim Itapura 2 está cheio de lixo e entulho

"Eu trabalho com crianças e nossa responsabilidade é zelar por elas. Os pais nos cobram alguma atitude, mas explico a eles que fizemos diversas reclamações e elas não foram atendidas. Nós pagamos nossos impostos, porém, na hora de reivindicar nossos direitos somos tratados com esse desrespeito", lamenta Silva.

Já no Itapura 2, o local que é alvo de reclamações, fica próximo a uma estrada de terra que leva ao bairro rural Imoplan. Apesar de haver diversas placas da administração municipal alertando sobre a proibição de jogar lixo no espaço, é possível ver diversos entulhos e sacos de lixo.  De acordo com a dona de casa Jaqueline Yara Tavares da Costa, muitos motoristas são flagrados deixando entulhos, animais mortos e até queimando pneus. "Sempre vejo máquinas da prefeitura limpando o local. Porém, mal termina o trabalho, logo vejo a população deixando lixo. Falta muita consciência, pois nós que moramos ao lado sofremos com essa situação".

 

Outro lado

A reportagem procurou a prefeitura para comentar sobre as duas situações. Por telefone, o coordenador de fiscalização urbanística, Marcos Antonio Barbosa, afirmou que as áreas, de fato, pertencem à administração municipal, e passam por limpezas constantes. "No entanto, devido à reclamação, o órgão mandará um agente de fiscalização para avaliar a situação e caso seja constatada a irregularidade será feita a ordem de serviço de limpeza". Ele ainda complementa que "a população não tem consciência que ao realizar essas práticas está cometendo crime ambiental e pode ser enquadrada pela legislação ambiental".