Trabalhos artesanais podem ser vistos até esta 6ª, na 9 de Julho

14ª edição da Expodefic traz grande variedade de peças produzidas por deficientes de oito entidades

VARIEDADES - Mariane Gaspareto

Data 09/05/2014
Horário 08:36
 

A 14ª edição da Expodefic/Feidefic (exposição e feira de trabalhos confeccionados por pessoas com deficiência) começou ontem e continua com suas atividades nesta sexta-feira, em Presidente Prudente. O evento, que este ano traz o slogan "A Arte Comprova a Capacidade", é realizado pela Secult (Secretaria Municipal de Cultura) e receberá hoje, às 8h30, a apresentação do coral do Ambulatório Regional de Saúde Mental. Às 14h, haverá outra atração cultural, quando alunos da Unipode (União das Pessoas com Deficiência) mostrarão ao público um número de dança.

Além disso, as barracas das sete entidades presentes estarão comercializando artesanatos confeccionados por seus pacientes durante todo o dia. Segundo Sônia Aparecida Costa Vilela, 47, coordenadora do evento, os trabalhos podem ser conferidos na Praça Nove de Julho, no calçadão da Maffei, das 9h às 16h30, com valores que vão de R$ 0,50 à R$ 150.

Maria Aparecida de Souza Miele, 30, é enfermeira do ambulatório e conta que os produtos são feitos em oficinas de terapia ocupacional. Conforme ela, a comercialização dos artesanatos serve para valorizar as habilidades dos pacientes e também para arrecadar verba, que é utilizada para promover eventos como churrascos e a festa junina da entidade. Na barraquinha, os trabalhos vão de guardanapos de R$ 2 a tapetes de crochê, que custam R$ 45.

Nilson Ferreira dos Santos, 48, colaborador e paciente da entidade, tem uma grande responsabilidade na feira: cuidar do caixa e administrar o dinheiro. Segundo ele, no ano passado, a barraca arrecadou por volta de R$ 1,2 mil, "mas este ano a expectativa é de conseguir R$ 1,5 mil". Thiago Camilo, 27, que expõe na barraca da Unipode o material que confeccionou, conta que quando chegou à entidade, não fazia nada, "entrava mudo e saía calado". Agora ele faz de tudo: corta, pinta desenha e conta que gosta de todas as etapas do artesanato. "Todo ano eu sou convocado a participar e fico aqui o dia inteiro", afirma.

De acordo com Camilo, a feira é importante por mostrar que o deficiente tem "capacidade de fazer as coisas". Célia Harumi, psicóloga da Unipode, concorda e acrescenta que o evento "faz com que eles percebam que são iguais a qualquer cidadão, o que melhora a autoestima". Harumi conta que o dinheiro arrecadado possibilita a compra de novos materiais para a entidade, além de gerar renda e divulgar o trabalho realizado. "Hoje mesmo eu já recebi duas encomendas de chaveiros".

Aparecida do Carmo Gomes, 43, passava pelo local e resolveu parar por ter visto "umas sandálias muito bonitas". Ela não sabia que eram confeccionadas por pessoas com deficiência, e conta que só resolveu olhar os produtos por ser algo diferente. "Eles estão de parabéns e nós temos que ajudar mesmo, assim eles podem ganhar seu dinheiro", afirma.

 

Participantes


Participam da Expodefic/Feidefic, as seguintes entidades: Associação Assistencial Adolpho Bezerra de Menezes, Unipode, APPA (Associação Prudentina de Prevenção à Aids), Ambulatório Regional de Saúde Mental, Associação de Peregrinação do Rosário, Sala de Recursos Deficientes Visuais – Escola Estadual Professor Hugo Miele e Carim (Associação de Apoio ao Paciente Renal Crônico).
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