Vidas ceifadas poderiam ser poupadas

EDITORIAL -

Data 12/07/2020
Horário 04:05

Nas últimas semanas, muitos moradores da região de Presidente Prudente perderam suas vidas em decorrência de acidentes de trânsito. Algumas fatalidades foram registradas na malha rodoviária do oeste paulista, outras, no Estado do Mato Grosso do Sul. O clima de tristeza não atinge apenas os familiares, mas a comunidade que se solidariza para amenizar a dor daqueles que perderam os entes queridos – atitude que merece reflexão para o comportamento do motorista no trânsito.
Entre 23 de junho e 8 de julho a reportagem noticiou 12 acidentes, sendo dois deles no Mato Grosso do Sul vitimando moradores da região. Durante este período, nove pessoas tiveram suas vidas ceifadas de forma trágica. A mais recente vitimou um caminhoneiro de Indiana, que ficou submerso por alguns minutos no Rio Paraná, dentro da cabine do caminhão, que caiu após uma colisão frontal com veículo de passeio.
Em todas as reportagens que este diário apresenta números de óbitos no trânsito, tanto especialistas quanto as polícias reforçam que as eventualidades poderiam ter sido evitadas, pois boa parte delas é decorrente da infração do próprio condutor. Vale destacar que a maior parte dos acidentes com vítimas tem ocorrido nas rodovias, o que é ainda mais preocupante porque é neste cenário em que o fluxo de carros divide espaço com veículos de grande porte – um risco para a vida. 
Nesta época do ano as campanhas de conscientização no trânsito são reforçadas pelos órgãos de segurança, por ser período de férias. Mesmo com a pandemia, não foi diferente, inclusive, com reforço na fiscalização rodoviária. Mas de que adianta transmitir a orientação, se o próprio infrator não aceita reconhecer os riscos a que se expõe? Será preciso morrer algum familiar para que ele aprenda que trânsito não é brincadeira e merece atenção? Cuide da sua vida e da vida do próximo. Redobrar a atenção nunca é demais.

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