Na quarta-feira, a Central de Flagrantes da Polícia Civil registrou dois boletins de ocorrência pelo crime de violência doméstica em Presidente Prudente. De acordo com a instituição, as vítimas decidiram por não denunciarem os autores, que foram liberados.
No Conjunto Habitacional João Domingos Netto, uma mulher de 44 anos foi vítima de ameaça, dano e lesão corporal por parte do marido, de 51 anos.
De acordo com a polícia, ela relatou que o autor chegou em casa com comportamento “agressivo e descontrolado”, oportunidade em que quebrou alguns itens. Ao verem a mãe em perigo, os quatro filhos interviram na situação, mas acabaram sendo ameaçados de morte pelo próprio pai.
“[A mulher] foi entrevistada pela autoridade policial e disse que, pela condição do marido, não queria ele ficasse preso”, afirma a Polícia Civil.
Em depoimento, a vítima disse que o marido está com câncer, possui uma bolsa de colostomia, depressão, o que requer acompanhamento.
De acordo com a delegacia, o autor confirmou os problemas de saúde, e afirmou que passou a usar drogas e ingerir bebida alcoólica, inclusive, no dia do crime.
No decorrer do interrogatório ele não soube informar o motivo da agressão. Conforme a polícia, afirmou que “nunca agrediu e nem pretende agredir a esposa, a quem disse amar profundamente, bem como a seus filhos”.
“Disse que era indiferente ao seu destino, ser preso ou não, que sente dor e está esperando para operar”, relata a Polícia Civil.
Após avaliar a situação, com base no pedido da família, o delegado de plantão acionou uma equipe de saúde que levou o acusado avaliação psiquiátrica. Ainda, forneceu encaminhamento para que a família procure o Centro de Atenção Psicossocial para evitar situação semelhante à denunciada.
Ainda em Presidente Prudente, na zona rural, outro crime de violência doméstica ocorreu na quarta-feira. Segundo o boletim de ocorrência, a mulher de 22 anos foi ameaçada pelo companheiro, de 25 anos, que ateou fogo no sofá da residência do casal.
Após o crime ele ainda tentou deixar o local, mas caiu da motocicleta.
“A vítima disse que não desejava a prisão dele, apenas medidas protetivas”, afirma a Polícia Civil, que informou à jovem que seria o caso de prisão em flagrante com posterior expedição de medidas protetivas.
No entanto, disse que não desejava representar, e que “estaria satisfeita caso o autor concordasse em não se aproximar ou entrar em contato com ela”. Após entrarem em acordo, o autor foi liberado.