Voluntários de Deus

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 07/04/2022
Horário 04:11

Durante a pandemia, ao mesmo tempo em que todos se viram obrigados a resguardarem sua saúde, se mantendo em isolamento, a realidade dura da vida nas ruas continuou a mesma. E, diante de tal situação, foram poucos os que tiveram coragem de estender a mão a quem mais precisava. Certamente, no coração destas pessoas existe um “chamado”, algo mais forte, que os impulsiona a ter um olhar ainda mais “humano” ao próximo. Afinal, mesmo com o coronavírus espalhando medo pelo mundo afora, para quem tem fome, não há como esperar.
Portanto, nada mais justo que estas escassas pessoas – que muitas vezes colocam a vida do outro em primeiro plano, em detrimento de sua própria - recebam o devido reconhecimento. Este é o caso dos voluntários da Pastoral Servos da Misericórdia da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, a Igreja Maristela de Presidente Prudente, que ganhou, no mês de março, uma medalha de mérito pelo trabalho solidário realizado durante a pandemia com as pessoas em situação de rua. 
Como noticiado por este diário, o prêmio foi entregue pela ABFIP (Seleção Brasileira das Forças Internacionais da Paz) nas mãos de Jairo Benvenuto, 60 anos, atual coordenador da Pastoral dos Servos da Paróquia Nossa Senhora do Carmo e voluntário há cerca de 16 anos. Ele destacou que, mesmo com a pandemia, não tiveram problemas em sair ao encontro dos mais necessitados. 
Os Servos da Misericórdia é uma pastoral que ajuda as pessoas em situação de rua levando comida, cobertores e roupas, auxiliando com internações e localização de parentes e distribuindo amor. São cerca de 120 marmitas produzidas semanalmente e mais de 6 mil em um ano. E a pandemia não foi impeditivo para esses voluntários de Deus. Todas as sextas-feiras, independentemente da situação, eles foram às ruas, precavidos com luvas, máscaras e bastante álcool em gel e tomando os devidos cuidados, ao encontro de quem estava com frio, com fome, no anseio por uma palavra de fé e esperança.
E como bem disse Luiz Carlos Gonçalves, um dos voluntários: “É uma coisa meio inexplicável, uma sensação muito boa. A gente fala que isso faz mais bem para nós do que para eles”. Pois é. Somente quem doa ao próximo consegue entender.

Publicidade

Veja também