Voto nas eleições: um dever de cidadania

OPINIÃO - Marcos Akira Mizusaki

Data 25/05/2022
Horário 04:30

Como os outros animais e desde a sua origem, o homem viveu em grupos, sempre necessitando de uma liderança para manter a ordem e convivência coletiva. Durante milênios, os grupos chegavam apenas até 150 indivíduos, onde depois de 40 anos em média, se dividiam, criando novos grupos. Entretanto, com o domínio do fogo, da comunicação, da escrita e da agricultura, permitiu-se a estruturação do poder e o controle de um número maior de pessoas, num mesmo espaço territorial, surgindo grandes centros urbanos com domínio de maiores espaços territoriais.
Para o exercício do governo, no decorrer da história da humanidade, tivemos vários regimes pelo mundo afora. Contudo, dentre todos eles, temos que democrático é o mais justo e adequado, onde o povo elege seus governantes, dando-lhes um mandato para representá-lo no poder. Embora assegurada a participação popular, tanto como candidato ao cargo quanto no direito ao voto, isso nunca significou necessariamente a escolha dos melhores. Na verdade, o principal benefício do regime democrático é que os ruins não se eternizem, como acontecem nos regimes totalitários. 
O representante eleito deve ter como princípio básico o respeito à lei e sempre ancorar suas decisões em prol do interesse público. Infelizmente, alguns que chegam ao cargo acabam se perdendo durante o seu exercício. Quer pelo despreparo, mau assessoramento ou até má fé, cometem erros durante sua gestão, que prejudicam enormemente a sociedade, traindo com a população o real motivo para o qual foi eleito.  
Portanto, a participação da população na escolha de nossos representantes é fundamental no regime democrático. Cada cidadão deve ter a ciência de sua real importância, não podendo banalizar esse exercício de cidadania, que reflete no futuro de toda coletividade. Devemos lembrar que a conquista pelo direito ao voto no Brasil não foi tão fácil. As mulheres conseguiram esse direito somente no século passado. No entanto, depois de tanta luta para conquistar o direito de voto, nos traz uma preocupação a quantidade de votos brancos, nulos e ausências nas últimas eleições, já que a soma destes votos poderia mudar muitos cenários políticos. 
Concluindo, nós não temos que conhecer verdadeiramente os nossos candidatos depois que foram eleitos. É nossa obrigação de cidadão, buscar antes das eleições, o maior número de informações sobre essa pessoa que iremos votar, seja para o Executivo ou Legislativo, para não termos que aguardar somente outra eleição para corrigir o erro cometido. E você que tem optado pelo voto branco, nulo ou simplesmente de não votar, está cometendo um duplo erro, quer por banalizar um valoroso instrumento, quer por beneficiar pessoas despreparadas o alcance de uma função de extrema relevância. Direitos coletivos somente se materializam quando cada um executa a sua parte. 
 

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