Lei Antifumo protege não fumantes e propõe ao tabagista uma reflexão

EDITORIAL -

Data 01/09/2019
Horário 04:00

Na última quinta-feira, foi lembrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data voltada para a conscientização sobre os prejuízos do tabagismo, que afeta diretamente a vida pessoal e social das pessoas dependentes do cigarro. São inúmeras as campanhas realizadas todos os anos com o objetivo de sensibilizar a população em relação ao tema, bem como a adoção de políticas públicas que visam informar, prestar assistência, ofertar formas de tratamento e coibir os efeitos negativos do tabagismo na saúde pública.

Uma das medidas que mais têm apresentado resultados é a Lei Antifumo, a qual busca proteger os não fumantes e tratar da exposição da fumaça. Em entrevista concedida a O Imparcial nesta semana, a diretora de Vigilância Sanitária de São Paulo, Maria Cristina Megid, explicou que a regulamentação vale para todos os ambientes fechados ou parcialmente fechados, sejam eles públicos ou privados. Para evitar que o consumo ocorra nos locais em questão, fiscais da Vigilância Sanitária se misturam ao público a fim de observar e analisar ambientes alvos de inspeção e detectar possíveis ocorrências, assim como placas que indiquem a proibição por lei.

É sempre importante destacar que os efeitos do tabagismo não são isolados, mas coletivos. Engana-se quem pensa que, ao fumar um cigarro, os prejuízos afetam apenas aquele que escolheu acendê-lo. Os fumantes passivos também estão sujeitos a desenvolverem doenças e problemas de saúde decorrentes do convívio com tabagistas. Por esta razão, a Lei Antifumo é benéfica ao impedir que, em locais fechados, cidadãos estejam expostos aos componentes tóxicos e cancerígenos do cigarro.

Além disso, a lei promove, de certa forma, uma mudança de comportamento entre as pessoas, que não concordam mais em respirar um ar prejudicial. Longe de intimidar o fumante, esse tipo de norma propõe que o mesmo reflita sobre o mal desse consumo para si próprio e à coletividade. Nesse sentido, é fundamental que a proibição continue sendo respeitada e os ambientes, inspecionados, para que, com isso, promova-se cada vez mais a saúde e o bem-estar da população nos mais diferentes espaços.

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