“Quando assumi o mandato de acordo com o relatório do Tribunal de Contas do Estado, as contas de 2016 apresentaram um déficit orçamentário de R$ 8.782.705,81 e financeiro de R$ 5.949.370,06”, afirma o prefeito de Rancharia, Alberto César Centeio de Araújo, Iéia (PSDB), 59 anos, durante balanço de sua gestão, iniciada em 2017. Atualmente, o prefeito acredita ter conseguido, por meio dos trabalhos, realizar importantes ações que puderam tornar Rancharia melhor.
Entre as conquistas da gestão, Iéia aponta, na área da educação, o bom desempenho no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que é nota 7. Também ressalta a qualidade do transporte escolar dos alunos, principalmente na questão de logística. “Investimos em ampliação de creches, produzindo uma redução na lista de espera”, pontua.
Na saúde, o prefeito também observa avanços. “Melhoramos na área com mais remédios, exames, frota da saúde renovada e mais especialistas contratados para atender melhor as pessoas. Também, o repasse para as entidades assistenciais, principalmente ao Hospital e Maternidade de Rancharia”, detalha.
Em outras áreas, o chefe do Executivo ranchariense também é capaz de elencar realizações que causam impacto na cidade. Em relação ao turismo, Rancharia é famosa por seu balneário municipal. O prefeito afirma ter trabalhado pelo retorno das atividades turísticas. Ele afirma, também, que em seu governo houve investimento na Guarda Municipal com treinamentos, equipamentos, viaturas; e valorização do funcionário público. Por fim, Iéia destaca as melhorias no sistema de água e esgoto.
AS DIFICULDADES
DA GESTÃO IÉIA
O prefeito de Rancharia, ao comentar as questões que dificultaram seu período à frente do Executivo, ressaltou o âmbito econômico. “Em 2017, a arrecadação foi de R$ 86.545.108,99 e, em 2020, a previsão é de R$ 102 milhões. Apesar da melhora de arrecadação e com o esforço da atual administração, o município tem sofrido com alto custo das demandas de todas as secretarias por parcelamento de dívidas oriundas de outra gestão”, destacou.
Muito se credita, também, à falta de aporte do Estado e do governo federal às demandas financeiras dos municípios, aspecto comum a todo oeste paulista, e até do Brasil. “Pesam, principalmente, na educação e saúde, uma vez que os valores recebidos são bem menores que as despesas geradas, cabendo ao município o peso da complementação desses valores. São recursos insuficientes para merenda, transporte de alunos e qualificação de profissionais, por exemplo”, explica o prefeito, ao demonstrar que, do orçamento municipal, 30% é investido em educação e 25% em saúde.
METAS ALCANÇADAS
E POR ALCANÇAR
“Quando assumimos o município, nossa maior preocupação era com o aterro sanitário, porque existia uma multa de R$ 500 mil para liquidar. No entanto, investimos na construção de um novo transbordo e renegociamos o valor do transporte do lixo de uma cidade para outra”, ressalta Iéia. Outro objetivo que ele afirma ter cumprido, refere-se ao investimento na cooperativa de reciclagem, que recebe R$ 500 mil anualmente.
Com recursos estaduais, e emendas de vários deputados, a Prefeitura adquiriu ambulâncias, equipamentos e realizou recapeamento asfáltico. “Quanto ao governo federal, nosso maior projeto é a reforma total do Ginásio de Esportes, onde serão investidos R$ 2 milhões, além de aquisição de veículos para saúde e recapeamento da cidade”, completa o prefeito.
A gestão, que está finalizando a construção de uma creche com 150 vagas, tem como meta para o quarto ano do mandato a construção da nova estação de tratamento de esgoto, uma vez que o município foi condenado em uma ação e obrigado a construção de uma nova estação, uma obra orçada em mais de R$ 8 milhões, que será feita através de um financiamento.
