"Os amores de Bob"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 01/08/2023
Horário 08:30

Tony Ramos começou a carreira bem jovem na TV Tupi na novela “A Outra” em 1965. Após pequenos papéis, se destacou na novela “Os Rebeldes” de 67 e foi escalado para viver seu primeiro protagonista em “Os Amores de Bob”, levada ao ar em 1968, uma novela de Lúcia Lambertini. A trama contava a história de um belo rapaz de 18 anos, Bob (Tony) envolto a lindas garotas e paqueras, sempre metido em confusões. No entanto, apesar de todas disputarem o rapaz, no final, elas acabavam preferindo seu amigo feioso e desajeitado Vareta (Roberto Orosco). Fez parte do projeto “As Quatro Estações do Amor” onde foram lançadas quatro novelas românticas no mesmo dia: “Os Amores de Bob” às 17h45, “O Homem que Sonhava Colorido” às 18h15, “O Rouxinol da Galileia” às 18h45 e “O Coração Não Envelhece” às 19h15. Uma estratégia de marketing do diretor Jota Silvestre que não deu certo. 
    
“A Tonga da Mironga do Kabuletê”

A boa música é atemporal, no entanto, algumas acabam ficando datadas ou esquecidas no tempo. Outras, nem eram grandes composições, mas fizeram sucesso estrondoso em determinada época, e aos poucos foram caídas no esquecimento. Quem se lembra de “A Tonga da Mironga do Kabuletê”, composição de Toquinho e Vinícius de Moraes (e popularizada também na voz de Monsueto), que era uma expressão no dialeto nagô como uma espécie de xingamento libertador contra a ditadura, lançada em 1970. Em 1975, o cantor Mauro Celso teve o maior hit do ano com “Farofa Fá”: comprei um quilo de farinha pra fazer farofa, pra fazer farofa fá... A canção foi regravada por Silvio Britto e Sérgio Mallandro em outras décadas, e ainda continua presente no imaginário popular. Um ano antes, em 1974, o hoje desconhecido João da Praia lançou um verdadeiro chiclete musical que era impossível de não cantarolar junto: “Aonde a Vaca Vai, o Boi Vai Atrás”.  Da mesma época, ocorreu o grande sucesso popular de Genival Lacerda com sua “Severina Xique Xique” (ele tá de olho é na butique dela!) em 75 e “Radinho de Pilha” de 80 (ela deu o rádio e não me disse nada, ela deu o rádio!). Grande sucesso comercial também fez Odair José com seus megaêxitos (e foi um dos grandes perseguidos pela censura da Ditadura Militar), “Eu Vou Tirar você desse lugar” de 1972 (que se apaixonava por uma moça da zona do baixo meretrício) e “Uma Vida Só”, de 73 (Pare de tomar a pílula, pare de tomar a pílula, porque ela não deixa nosso filho nascer). Outro grande compositor, Fernando Mendes marcou a década de 70 com “A Desconhecida” de 73 (De onde ela veio, pra onde ela vai, não sei dizer) e “Cadeira de Rodas” de 75 (Sentada na porta, em sua cadeira de rodas ficava...). Não dá para deixar de fora, desta mesma época, uma cantora bastante esquecida, mas de imenso sucesso à época, Diana, com suas versões “Porque Brigamos” de 73 (Oh, meu amado, por que brigamos? Não posso mais viver assim sempre chorando) e “Ainda queima a Esperança” de 72 (Uma vela está queimando hoje é nosso aniversário. Está fazendo hoje um ano que você me disse adeus). Parada de sucessos. 

Dica da Semana

Televisão 

Atores falecidos de “Mulheres Apaixonadas”: 
A trama de Manoel Carlos foi exibida originalmente em 2003 e agora recebe nova reprise às 17h, na Globo, após 20 anos. Alguns atores já partiram e podem ser revistos na novela: Carmem Silva (Flora), Oswaldo Louzada (Leopoldo), Cláudio Marzo (Rafael), Umberto Magnani (Argemiro), Manoelita Lustosa (Inês), Serafim Gonzalez (Dr. Moretti), Marly Bueno (Marta) e Sônia Guedes (Matilde). 

 

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