Entrou hoje para o terceiro dia a paralisação dos funcionários do transporte coletivo urbano de Presidente Prudente. Até o momento, não houve acordo para liberação dos pagamentos e, conforme apurado pela reportagem, os trabalhadores aguardam decisão da Justiça para retomada do serviço.
Isso porque, segundo informado a este diário, a empresa Prudente Urbano , que administra a frota de veículos, entrou com uma liminar na Justiça para que pelo menos 30% dos ônibus voltem a circular. Em nota encaminhada nesta manhã, ela afirma que “não comenta medidas judiciais por uma questão ética”.
Porém, confirma que “as medidas judiciais cabíveis já estão sendo tomadas a fim de se ver declarada a abusividade da greve, quando não respeita a legalidade para seus fins, como por exemplo, a garantia mínima de 30% da operação em circulação”.
Ainda: “A empresa sempre empenhou [o] máximo esforço para prestar o serviço de transporte público e não irá mudar sua conduta”.
O motivo da revolta dos trabalhadores é o pagamento atrasado do vale-alimentação, e do adiantamento do salário, que geralmente deve ser pago até o dia 20 de cada mês. O protesto começou na madrugada de quarta-feira, após notificação à Prudente Urbano e à Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública) para que os pagamentos fossem efetuados no prazo de 72 horas - que venceu ontem.
A Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública), considera que a paralisação é ilegal. Isso porque, conforme a administração municipal, a mesma foi informada da possibilidade de greve dos trabalhadores do transporte coletivo há menos de 48 horas, o que contraria a previsão legal que obriga a comunicação de possível greve com no mínimo 72 horas de antecedência.
"Além disso, por se tratar de um serviço essencial, é obrigatória a manutenção de um percentual mínimo de 30% de transporte público em atividade, o que também não aconteceu", afirma.
Ainda de acordo com o Executivo municipal, esta não é a primeira ocorrência deste tipo envolvendo a concessionária de transporte coletivo, mesmo com as seguidas notificações e cobranças por parte da administração municipal.
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