6º dia de greve é marcado por protestos em 15 municípios

Uma manhã marcada por mais protesto na região, missa em prol dos caminhoneiros e carreata. Foi dessa forma que a greve chegou ao seu sexto dia de manifestações, aqui na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo. Segundo as informações da Polícia Militar Rodoviária, ontem, mais uma cidade aderiu à ação, contabilizando assim 15 municípios com apoio ao movimento. No total, 778 veículos estão envolvidos. Conforme balanço divulgado na manhã de ontem, os atos foram verificados em Adamantina, Alfredo Marcondes, Dracena, Iepê, Indiana, Inúbia Paulista, Osvaldo Cruz, Ouro Verde, Pirapozinho (novidade), Presidente Prudente, Prudente Venceslau, Rancharia, Taciba, Teodoro Sampaio e Tupi Paulista.

Somente pela Avenida Joaquim Constantino, às margens da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) - km 570 -, eram 250 veículos, local que marca a maior concentração na região. Aliás, foi por lá que o sexto dia de protestos começou de maneira diferente.  “Que Deus honre o nosso Brasil”. Foi com essa fala, em frente à empresa PrudenCardans, que o padre Fernando Guirado iniciou uma missa em prol dos caminhoneiros que por ali estão parados. O local, como já noticiado por este diário, tem sido usado como uma espécie de sede da categoria, onde a população tem contribuído com a entrega de alimentos, água e qualquer outro tipo de ajuda.

Por lá a concentração desta vez foi em meio à fé. O padre começou a missa por volta das 10h30, com direito a um altar improvisado no local. Durante a palavra, Fernando chegou a comentar sobre os direitos dos trabalhadores e fez um apelo ao governo para que a justiça seja feita, e as reivindicações atendidas, com sinônimos de mudança para o país. O público local, que formavam uma espécie de círculo em volta do sacerdote, pararam os gritos de protestos por um período e se dedicaram à oração.

No entanto, um pouco mais cedo, outro grupo percorreu as avenidas da cidade. Como acompanhado pela reportagem, outra carreata foi feita na manhã de ontem. Caminhões, vans, carros, motocicletas, enfim, todos os tipos de veículos passearam como forma de protesto. Além dos gritos e do buzinaço, era possível ver, em alguns carros, o pedido de “intervenção militar já”. Uma manifestação também foi realizada no Parque do Povo.

Reflexos

E enquanto as manifestações continuam, a cidade também continua a sentir os impactos. Cada vez mais, os postos de combustíveis vão fechando as portas, em meio ao esgotamento dos combustíveis. Nos que ainda possuem, a reportagem conseguiu flagrar filas que dobravam esquinas para garantir o abastecimento de veículos. Ademais, há locais em que operam com o estoque próximo do final. O Sincopetro, na edição desse periódico de ontem, chegou a afirmar que a falta do produto assolou quase 80% dos postos.

Nos mercados, o racionamento de mercadorias já é possível ser visto, com estabelecimentos que limitam a quantidade máxima de itens a serem comprados pelos clientes. Com o trancamento de estradas e rodovias e, consequentemente, a não entrega de produtos, comércios operam com o limite. A carne bovina, por exemplo, é um dos produtos que começa a esgotar em alguns locais.

E por conta da baixa movimentação, o comércio prudentino, ontem, fechou as portas às 12h, três horas mais cedo do que o costume aos sábados. É válido lembrar que, por influência disso e também dos reflexos da greve, a Prudente Urbano parou de circular ônibus ontem, a partir das 14h. Hoje, quem for sair de casa, também não poderá contar com os itinerários, que voltam a funcionar amanhã, de forma parcial.

Trechos com registros de protesto

* Informações disponibilizadas às 10h40

Fonte: Polícia Militar Rodoviária