900 jovens participam de seletiva de atletismo

Presente, acompanhando as disputas das provas/classe paraolímpicas, o diretor de paradesporto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Sérgio Gatto, pontua que o Jeesp é um importante instrumento de incentivo, inclusão e oportunidade para a pessoa com deficiência.

Esportes - Rogério Lopes

Data 24/06/2015
Horário 09:57
 

A pista de atletismo da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus de Presidente Prudente, mais uma vez foi palco de um expressivo evento esportivo. Desta vez – assim como ocorreu em 2014 –, o local sediou, ontem, a seletiva regional de atletismo dos Jeesp (Jogos Escolares do Estado de São Paulo). Cerca de 900 estudantes, entre 10 e 17 anos (das categorias iniciante, mirim e infantil), de 40 escolas municipais, estaduais e privadas de 25 cidades, participaram do evento. Além das 32 provas de atletismo – que garantiram ao primeiro colocado de cada modalidade uma vaga para a final do estadual em São Paulo (entre agosto e setembro) – houve as disputas paralímpicas, onde 60 alunos disputaram uma, ou mais, das sete provas/classe de atletismo.

Segundo o coordenador do Jeesp, Carlos Alberto Felix, ao todo serão dez etapas seletivas organizadas pela FPA (Federação Paulista de Atletismo). Além dos campeões de cada uma das modalidades – que compreendem provas de 100 mts (metros), 200 mts, 400 mts, 1000 mts, lançamento de disco, salto em distância, entre outras –, os dois melhores atletas na classificação geral de cada prova, após a conclusão da etapa e a divulgação do ranking, também serão convocados para a final do Estado, mais uma chance para os participantes figurarem na decisão da seletiva estadual – que dá chances à competição nacional dos jogos.

Presente, acompanhando as disputas das provas/classe paraolímpicas, o diretor de paradesporto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Sérgio Gatto, pontua que o Jeesp é um importante instrumento de incentivo, inclusão e oportunidade para a pessoa com deficiência.

Explica que as disputas são para estudantes de 12 a 17 anos, mas apenas os de 14 a 17 anos serão classificados para a etapa final do Estado. Isso porque, segundo ele, houve uma mudança e, agora, foi estipulado estas categorias para as finais do nacional. Mesmo assim, Gatto diz que a organização manteve as modalidades de 12 a 14 como forma de abrir espaço e levar o esporte para os mais novos e pensando na preparação dos mesmos para outras competições e, quem sabe, se as categorias retornarem no calendário dos jogos escolares.

Informa que os oito classificados (de cada modalidade) para as finais do Estado – que devem ocorrer também entre agosto e setembro na capital – serão conhecidos após as etapas seletivas, através do ranking das provas/classes.

Para a Semepp (Secretaria Municipal de Esportes de Presidente Prudente), sediar mais uma etapa classificatória do Jeesp mostra o potencial que a cidade tem em ser um polo regional de esporte. "Além disso, oportuniza espaço para revelar novos talentos e incentivar as crianças e adolescentes a práticas esportivas já na escola", frisa.

 

Os atletas

Enquanto as disputas não começavam, era possível notar a ansiedade, expectativa e concentração dos estudantes presentes. Cada um fazendo seu "ritual", seja aquecimento, conversando ou ficando em lugar mais calmo, antes de "partir para pista".

A para-atleta Adrieli Aparecida Figueiredo Garrido, 15, representante de Candido Mota, e que possui deficiência visual parcial, afirmou que ansiedade sempre existe e que a vontade de realizar as provas logo é eminente. Porém, ela, que é campeã nacional do Jeesp nas modalidades 100 mts e 400 mts rasos e nos 1.500 mts fundo em 2014 – mesmas provas que disputou ontem –, pontua que estava preparada e que faria uma boa apresentação. "Estou confiante e espero garantir vaga na final em São Paulo", salienta.

Também confiantes, os estudantes Wesley Fernandes Santos Soares, 15, e Dalton Vissoto, 16, de Primavera e Álvares Machado, respectivamente, afirmaram que os jogos criam a oportunidade de divulgar o esporte entre os alunos e dá suporte para mais pessoas começarem na modalidade. Já a represente de Osvaldo Cruz, Maria Eduarda dos Santos Oliveira, 15, mencionou que estava "com frio na barriga" nos momentos que antecediam sua prova, mas, não escondeu a alegria de integrar a equipe da sua escola.
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