A segurança e resiliência dos investimentos no mercado imobiliário

Bruna Melo

COLUNA - Bruna Melo

Data 22/01/2023
Horário 05:20

Essa semana a notícia sobre o “rombo” de 20 bilhões no balanço contábil da empresa varejista Americanas trouxe grandes reflexões e incertezas no mercado financeiro, especialmente porque as ações da Americanas são comercializadas na bolsa de valores (AMER3). Houve uma queda de 77% no valor das ações após o anúncio da empresa.

As empresas listadas na bolsa de valores têm uma série de deveres, como publicações de balanços patrimoniais e auditorias. O valor impactante de 20 bilhões de inconsistências trouxe insegurança e prejuízo para os investidores, pois será que não existem outras falhas em outras empresas listadas? Diante tal cenário o mercado imobiliário se mostra ainda mais seguro e confiável frente a outros.

O bem de raiz como também é conhecido o imóvel é seguro justamente pelo lastro que possuí, sendo a garantia mais aceita no mundo, justamente pela solidez que se tem no imóvel, pois não tem como “roubar” ou “furtar” o imóvel em si. Se voltamos pouco mais de 30 anos atrás, nos lembraremos do caótico e fatídico confisco de valores bancários feito pelo então Presidente Fernando Collor, que gerou desespero e insegurança nas famílias brasileiras. Neste cenário político que vivemos, pode se tornar ainda mais seguro o investimento imobiliário.

Muitas pessoas questionam o retorno do aluguel gerado pelo imóvel, que pode variar em média de 0,4 a 0,8 % do valor do capital investido, porém muitas esquecem da valorização que o imóvel acumula. Por exemplo o valor do hectare do imóvel rural teve um aumento significativo nos últimos anos, superando até 60% em algumas regiões do interior de São Paulo. Os imóveis residenciais também tiveram valorização, o índice FipeZap, que acompanha o comportamento de preços de imóveis de 50 municípios brasileiros, mostra que os imóveis residenciais tiveram a maior valorização nos últimos sete anos.

Outro fator que revela receio nas pessoas é se o mercado imobiliário vai conseguir absorver todos os imóveis que estão sendo construídos. Conforme informações divulgadas pelo Ministério de Desenvolvimento, atualmente no Brasil existe um déficit habitacional de 5,8 milhões de moradias. O número, em questão, foi indicado pela Fundação João Pinheiro (2019), responsável por esse levantamento. Pelos números revelados mostra que tem campo para o ecossistema imobiliário absorver e crescer.

Mas vale lembrar que não é todo e qualquer investimento imobiliário que será bom e lucrativo, pois existem riscos e fatores de valorização próprios do nicho pretendido, seja terreno, imóvel na planta, imóvel rural, casa em condomínio, apartamento ou imóvel comercial, além da finalidade daquela aquisição, se para moradia própria ou investimento. É aí que vem a importância de estar bem assessorado pelo profissional da área, o corretor de imóveis. É ele que a partir das pretensões almejadas conseguir identificar e indicar as oportunidades do mercado.

Existem outros profissionais envolvidos e relevantes para as transações imobiliárias como advogado e cartório, que auxiliarão na análise dos riscos jurídicos, o contador com a análise do ganho de capital, engenheiro e arquiteto com as aprovações e licenciamentos que o imóvel precisa, entre outros. E uma frase do ex-presidente americano Franklin Roosevelt, pode resumir a segurança e resiliência do ecossistema imobiliário: “Um imóvel não pode ser perdido, roubado ou levado por ninguém. Comprado em um bom negócio, pago integralmente e gerido com cuidado razoável, é o investimento mais seguro do mundo”.

 

 

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