A rainha egípcia Cleópatra já foi motivo de vários filmes rodados ao redor do mundo e muitas beldades de suas épocas interpretaram a lendária rainha. Dentre elas, a ruiva belíssima Rhonda Fleming deu vida ao personagem em uma produção B típica dos anos 50 e que foi exaustivamente exibida nas Sessões da Tarde do passado: “A Serpente do Nilo”. Produzido em 1953 e dirigido por William Castle em apenas 12 dias, o filme não tem quaisquer pretensões históricas, e sim, apenas mostrar uma divertida história em coloridíssimo Technicolor. Após a morte de Júlio César, a Rainha Cleópatra (Fleming) se envolve com o poderoso general Marco Antônio (Raymond Burr), seu provável sucessor. No entanto, a curvilínea egípcia estava de olho em Lucílio (William Lundigan) que logo percebe que ela não é a melhor coisa para o Egito, e muito menos para Roma. Aventura camp como uma colorida festa à fantasia, e com Rhonda escondendo sua bela cabeleira ruiva sob uma peruca de Cleópatra. A estrela Rhonda Fleming faleceu recentemente em 14 de outubro aos 97 anos de idade.
“Leva esta criança para benzer que ela está com quebranto”. Esta frase deve fazer muita gente voltar ao passado e lembrar-se das antigas benzedeiras dos bairros. Em pequenos rituais, a simplicidade cultural reunia elementos poderosos: água, um galho ou ramo, um sinal da cruz, uma oração e muita fé. As antigas benzeções não ficaram totalmente enterradas no passado, pois apesar dos avanços científicos, muitas tradições, costumes e ações religiosas e culturais permanecem vivos no imaginário popular. Nas periferias das grandes cidades, nas pequenas cidades do interior e na zona rural, o ato de benzer é ainda um remédio bastante efetivo na cura de várias condições: vento virado, espinhela caída, cobreiro, mau olhado, peito arrotado, arrochamento, enchume do ventre. Sempre haverá uma palavra de fé, uma benção poderosa e uma energia positiva que influa nas evoluções destas condições que a própria medicina tradicional tem dificuldade sequer de definir. A fé na cura e a cura através da reza não são elementos opositores à medicina tradicional e à ciência. Podem muito bem ser somados. O médico não precisa torcer o nariz para a benzeção e a benzedeira não vai contradizer ou substituir os avanços terapêuticos. A erudição, o conhecimento científico e a contemporaneidade não devem digladiar com a oração, com a fé e com os costumes antigos. Na realidade, a ciência precisa ter um olhar enternecedor sobre as benzedeiras. As benzedeiras dos velhos tempos não cobram, pois não há preço para fazer o bem. Encaram a tarefa como um dom e uma missão e recebem a distinção social de sua comunidade. Energias positivas e afeto são curativos. Eles podem vir através do bisturi e da receita médica, assim como pelo olhar acalentador dos pais, a mão parceira de um amigo, as palavras proferidas dentro das religiões e pelos sinais das benzedeiras.
Dica da Semana
DVD – Filmes
Filmes sobre Cleópatra:
38 produções sobre Cleópatra já foram realizadas. Algumas nem existem mais, como a famosa versão muda com Theda Bara de 1917. As melhores das antigas: “Cleópatra” (1934), de Cecil B. DeMille com Claudette Colbert; “César e Cleópatra” (46) de Gabriel Pascal com Vivien Leigh; “Duas Noites com Cleópatra” (53), produção italiana com Sophia Loren; “Legiões do Nilo” (59) com Linda Cristal; “O Sepulcro dos Reis” (60) com Debra Paget; “Cleópatra, a Rainha de César” (62) com Pasquale Petit; e a mais famosa de todas, “Cleópatra”, produção da Fox de 1963 dirigida por Joseph L. Mankiewicz e estrelada por Elizabeth Taylor, Richard Burton e Rex Harrison.