Afinal, qual é nosso papel no mundo?

OPINIÃO - Eunice Cruz

Data 13/02/2022
Horário 05:00

Há algum tempo passamos a ter mais consciência de que não viemos a esse mundo à passeio. Em tempo algum as pessoas, de bem, tiveram tanta preocupação em descobrir qual é sua missão de vida, qual é seu propósito e qual será o legado que deixarão. E muitos se preocupam com o que podemos fazer para melhorar a vida no planeta.
Parte da humanidade está participando de um movimento social que propõe mudar a relação de dominação do ser humano sobre a natureza e criar um modo de produção e de consumo respeitoso com o meio ambiente, chamado Consciência Planetária. Isso implica numa consciência ecológica, de responsabilidade diante da vida no planeta.
Essa ideia tem ganhado o mundo e estamos finalmente começando a compreender o quanto somos interdependentes na grande teia davida. Dependemos do outro e sozinhos nada podemos.
Estamos aprendendo que tudo está em movimento constante e que provações fazem parte da vida desde sempre. 
A evolução individual, grupal e planetária é  impulsionada pelo desejo de cada um de nós de aprimorar e prolongar o vigor da matéria, a força da mente, a clareza dos sentidos, a amorosidade das emoções, a amplitude da capacidade de nos abrir para o universo..
Sabemos que muito do que é possível depende de como nos vemos e do que fazemos. Entretanto, cada um evolui no seu ritmo e o universo aceita sem alarde, mas todos precisam entender que, só quando cada um fizer a sua parte coneguiremos mudar. O homem tem um potencial infinito, mas somente quando deixar de pensar em benefício próprio ou de suas tribos, poderá usar toda a força do seu conhecimento e capacidade de realização para tornar o mundo um lugar melhor para todos. 
O que temos visto é a luta doentia e sangrenta de iguais contra iguais. Sim, pois no âmbito da alma e do espírito somos todos semelhantes. Os corpos físicos são diferentes, mas o que importa um corpo que permanece nesse mundo por 70 anos em média e depois desaparece, devorado pelos vermes ou cremado em bonitos e sofisticados fornos? O que importa é nossa essência, nossa verdadeira intenção de viver bem e fazermos de tudo para que nossos semelhantes também vivam bem. 
É preciso que sejamos inspirados a exercitar abertura de mente, coração e espírito. Paulo Freire ensina que o aprendiz aprende fazendo e deve colocar sua aprendizagem em prática. Precisamos sair da teoria para a prática, para desfrutar do benefício da existência sem que ninguém tenha maior importância que o outro.Todos somos indispensáveis, por nossa singularidade, valor e missão a realizar no campo da vida. Nossa tarefa, nesse planeta, é revelar a  essência  humana, compassiva, afetiva, próspera e saudável. A sabedoria extraída do momento nos ensina a exercitar as relações e a escuta ampliada, a ética, a atenção solidária e a misercódia,  celebrando com todos a capacidade de partilhar.
Mesmo sem saber, ao certo, qual é nosso papel no mundo, eu amo a vida e é um imenso prazer dividir um planeta e uma época com você.
 

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