Amor que não necessita de porque!

Diocese Informa

COLUNA - Diocese Informa

Data 20/06/2021
Horário 05:45

Após deixar evidente que amaria até o fim, Jesus se retira para o horto de seu martírio. Se no primeiro jardim a preocupação do homem era seu bem-estar, Jesus agora abraça a angústia suprema em razão da salvação de todos. Nós também fugimos do tormento cotidiano. Buscamos nas coisas o preenchimento para uma lacuna que só se completa com o eterno. E assim, caímos na ilusão que uma vida sem dor é possível. "A quem procurais?" Essa pergunta deve nos interpelar. Procure Jesus em todas as circunstâncias da vida. Saiba onde encontrá-Lo. Cada um procure por si. Só se encontra Jesus quem O procura. Ao se deparar com o autor de sua vida, obedeça-O. Não faça como os soldados: ao achar O Cristo, O prenderam e amarraram. A maior felicidade de um cristão é procurar pelo Mesmo, depois de se ter encontrado. O mundo detesta que andamos a procurar Jesus e sempre O encontramos. Muitos perguntarão a nós: “Não és tu, também, um dos discípulos d’Ele?” Não façamos como Pedro que negou categoricamente: “Não!” Jesus tomou a cruz sobre Si, porque sabia que não aguentaríamos. Ele nos poupou dessa dor. É pedir muito que você mergulhe nessa verdade e veja o quanto você é amado? "Tudo está consumado" em razão da nossa real felicidade. E por que negamos esse Amor sem limites? O profeta nos relembra que a ascensão do verdadeiro Servo seria ao mais alto grau. Jesus foi radical e escancarou Seu Amor elevando-Se, de fato, ao mais alto grau. Da cruz. “Tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano”. Nós matamos o Amor de nossa vida. Em virtude de nosso ódio ao Amor, deixamos Ele desfigurado: “não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele”. A verdade é que se não há beleza nem atrativo n’Ele, é porque O deformamos com nossa brutalidade. Se não nos agrada é em razão de nossa infidelidade. Se tapamos o rosto é porque somos cínicos com Ele. Se fazemos pouco caso de Jesus, é porque nossa prioridade não é Ele. Mesmo assim, “Ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores. Ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes. Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca”. E nós insistimos em reclamar de tanta coisa. Perdão Senhor! Saibamos irmãos que “temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas. Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno”. Sabe a consequência disso tudo? Jesus “tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem”. Com tantos motivos pertinentes para sermos esquecidos por Deus, Ele ainda insiste em nos salvar e nos amar. Insistamos em reconhecer nossa pequenez e perseveremos na prática do Amor que não procura motivos para amar. Apenas ama! (Autor: padre Rafael Moreira Campos).

 

Mini sermão


12º Domingo do Tempo Comum (Mc 4,35-41)
Jesus se entrega ao sono enquanto os discípulos navegam. Se Jesus estivesse acordado, os discípulos não teriam orado pela tempestade que se ergueu. Talvez tenha sido mais fácil acalmar a tempestade do que os discípulos medrosos. Se a tempestade te causa espanto, saiba que surpresa maior é saber que mesmo dormindo Jesus está no controle de tudo. A sua fé precisa apenas saber de uma coisa: Jesus está no barco. Você já convidou Jesus para navegar contigo? Que as tormentas diárias sejam acalmadas por Jesus e, que Ele restaure a tranquilidade e nos dê o porto da Salvação. (Autor: padre Rafael Moreira Campos).

AGENDA PAROQUIAL: Paróquia Santo Antônio de Pádua – Sandovalina.
Missas:
Sábado às 18h – Igreja Matriz,
Domingo às 09h – Igreja Matriz.

 

Mensagem do Papa


À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada. Demo-nos conta de estarmos no mesmo barco, todos frágeis, mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. [...] Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer” (cf. 4,38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos. [...] O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar. (Fonte: www.vatican.va/content/francesco/pt/ homilies/2020)

Padre Rafael Moreira Campos
 

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