Audiência encerra sem acordo entre Prudente Urbano e sindicato

Encontro virtual ocorreu na tarde de hoje, como determinado pela Justiça, mas empresa ressalta que “não houve êxito” nas tratativas de pagamento

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 03/11/2020
Horário 20:19
Arquivo - Situação parcial de greve segue até que acordo seja firmado
Arquivo - Situação parcial de greve segue até que acordo seja firmado

Ocorreu hoje, de forma virtual, a audiência para tentativa de conciliação e instrução entre a Prudente Urbano , o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres de Presidente Prudente e Região e a Prefeitura de Presidente Prudente. Sem um acordo firmado entre as partes, a situação do transporte público local permanece da mesma maneira: manutenção de 70% dos trabalhadores e da prestação dos serviços de transporte público durante os horários de pico, e de 50% nos demais horários, conforme determinado pela Justiça, até que um acordo seja firmado. 
Em nota, a Prudente Urbano informou que a empresa buscou durante a audiência com o Tribunal Regional do Trabalho possibilidades para a solução do dissídio coletivo, baseada em suas condições financeiras, mas ressaltou que não obteve êxito. “A empresa reforça o compromisso junto à Justiça de buscar novas possibilidades para atender as reivindicações de seus funcionários”.
Já a Prefeitura, que participou da audiência como terceira interessada, cujo dissídio foi solicitado pela própria Prudente Urbano, ressaltou que acompanhou a proposta feita pela empresa ao sindicato do parcelamento do tíquete. “Agora, segundo a juíza, o sindicato tem 10 dias para analisar a proposta e contrapor ou aceitar”.
Após o encerramento da audiência, a reportagem tentou contato com o sindicato por inúmeras vezes, inclusive no início da noite, para ouvir a categoria, mas não conseguiu um retorno até o fechamento desta matéria. 

Histórico da greve

Conforme já havia sido alertado por este diário, o transporte público de Presidente Prudente ficou 100% paralisado durante um período na última semana, como forma de protesto por parte dos funcionários que cobravam pelos pagamentos em atraso, em especial do tíquete-alimentação, conforme informado pelos grevistas à reportagem. 
Na noite de quinta-feira, a Justiça decidiu, no entanto, pela manutenção de 70% dos trabalhadores e da prestação dos serviços de transporte público durante os horários de pico, e de 50% nos demais horários, sob pena de multa no valor de R$ 5 mil por trabalhador que não cumprir a ordem. Na mesma decisão, marcou a audiência que ocorreu ontem, mas que não resultou em um acordo entre as partes.

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