Audiodescrição permite que cegos assistam filme

15 atendidos assistem ao filme de Vicentini Gomez, “História & Estórias”, produzido para homenagear os cem anos da cidade

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 26/03/2018
Horário 18:09
Arquivo - Autor do filme do centenário, Vicentini Gomez, baterá um papo com os deficientes visuais
Arquivo - Autor do filme do centenário, Vicentini Gomez, baterá um papo com os deficientes visuais

Saber como é um ambiente, quantas pessoas estão nele e o que estão fazendo, qual a cor, formato dos objetos, etc. Essas são algumas ações que para quem tem uma visão perfeita é fácil visualizar na TV, no teatro ou no cinema... agora para um deficiente visual é algo possível apenas com o recurso de audiodescrição. E que bom que essa parceria entre a Secult (Secretaria Municipal de Cultura) e Associação dos Cegos de Presidente Prudente vem ocorrendo há algum tempo, conforme informa a coordenadora da entidade, Eliete Margutti. E às 8h30 desta manhã, 15 atendidos da casa irão ao Centro Cultural Matarazzo para assistir na Sala de Cinema Condessa Filomena Matarazzo, ao filme de Vicentini Gomez, “História & Estórias”, produzido para homenagear os cem anos da cidade, completados no ano passado.

“A audiodescrição é muito importante para eles, pois, permite uma narrativa detalhada sobre o filme. Com este recurso eles conseguem visualizar melhor aquilo que fazem mentalmente. A tecnologia tem tornado possível a ampliação de projetos de inclusão, proporcionando uma qualidade de vida melhor às pessoas com deficiência visual. Isso é muito bom!”, exclama a coordenadora da entidade.

Denilson Biguete, assessor da Secult menciona que após uma programação naturalmente lenta entre os meses de janeiro e fevereiro retomar com essa oportunidade incrível para fazer a inclusão social através da linguagem do cinema, é muito gratificante.

“O bacana é que depois o Vicentini fará um bate-papo com eles sobre a concepção do filme e outras curiosidades”, ressalta Denilson

O cineasta Vicentini comenta que ainda é ainda uma experiência trabalhar com o recurso necessário para saber qual a melhor forma de fazer porque tem coisas que não dá para descrever, pois tem áudio em cima ou outra peculiaridade.

“Então pensei em algum momento ter um microfone para falar com eles. Estamos estudando. Vamos ver como será. Quero aprender com eles também. Já vi algumas exibições especiais, mas é sempre um aprendizado porque as reações durante o filme são sempre novas”, acentua o cineasta.

 

 

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