Bairros de 2 áreas de PP estão em risco de surto de doenças transmitidas pelo Aedes

Zonas leste e norte de Prudente contam com maior presença do mosquito causador da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela; Prefeitura intensifica trabalho de combate ao vetor

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 21/02/2017
Horário 09:19
 

Bairros situados nas áreas 4 e 5 de Presidente Prudente, ou seja, nas zonas leste e norte da cidade, estão em "risco de surto" de doenças como a dengue, zika vírus, chikungunya e a febre amarela. Isso porque, o IB (Índice Breteau), que determina a quantidade do mosquito Aedes aegypti em fase de desenvolvimento em determinada região está marcado em 7,1 e 4,7, respectivamente nestes espaços. A informação é da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), que destaca o início de um trabalho de combate ao inseto também nos prédios e terrenos pertencentes à administração municipal. Quanto às outras seis áreas do município, a 3 se enquadra na faixa "tolerável", enquanto o restante consta em "situação de alerta".

Jornal O Imparcial Na última semana, equipes da vigilância percorreram vários bairros, entre eles, o Caiçara

A OMS (Organização Mundial de Saúde) determina que o IB menor que 1 é considerado "tolerável"; de 1 a 3,9 é "situação de alerta"; e superior a 4 é "risco de surto". No fim de janeiro, como noticiado neste diário, Prudente catalogava IB de 3,1, índice que colocava o município como um todo em "situação de alerta". Na mesma época, a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) confirmou o primeiro caso positivo de dengue em 2017. A pessoa que contraiu a doença mora no Jardim Eldorado, na zona norte da cidade.

Para tentar conter a proliferação do Aedes aegypti, a Prefeitura pontua que são realizadas visitas diárias dos agentes nos imóveis e, todos os sábados, mais de 100 profissionais se unem nos mutirões de combate à dengue. "A VEM também iniciou uma mobilização para eliminar eventuais focos do mosquito em prédios e terrenos pertencentes à administração municipal. A ideia é fazer com que os espaços públicos sirvam de ‘modelo’ para a população, com o objetivo de proteger a cidade de uma nova epidemia de dengue, como a enfrentada em 2016", frisa. Na última semana, equipes da vigilância percorreram vários bairros, entre eles, o Jardim Caiçara.

 

Distribuição por áreas


Com IB de 7,1, os bairros da área 4 têm recebido atenção especial dos trabalhos da VEM. Esta região compreende a Vila Furquim, jardins Brasília, Planalto, Santa Mônica, Itapura I e II, Sumaré, Residencial Itapuã, Parque Alvorada e José Rota, entre outros. Também em "risco de surto", a área 5 abrange, entre outros, os jardins Regina, Paulista, Aviação e Estoril, Bosque, Centro, Vila Maristela e Parque São Judas Tadeu.

Em "situação de alerta", a área 1, com IB de 2,4, compreende o Conjunto Habitacional Ana Jacinta, Jardim Prudentino, Tropical, Monte Carlo e Itaipu, Residencial Nosaki, Anita Tiezzi e Florenza, condomínios Dahma, Parque Higienópolis, e Parque Shiraiwa. Com IB de 2,5, a área 2 se estende ao Residencial Green Ville, jardins Funada, Monte Alto, Jequitibás, Everest, e Vale Verde, Parque Servantes, Cecap, Ouro Verde, Cohab, Parque Cedral, entre outros. A área 101 (8), que é compreendida pelos distritos de Montalvão, Eneida, Floresta do Sul e Ameliopólis, ficou com índice de 3,1.

Também em situação mediana, a área 6, com IB 1,7, abrange bairros como o Maré Mansa, Novo Bongiovani, Maracanã, Eldorado, São Matheus, São Lucas, Vitória Régia, Jardim Iguaçu, entre outros. O mesmo ocorre na área 7, com índice de 1,1, nos jardins Guanabara, Humberto Salvador, Augusto de Paula, Terceiro Milênio, Jardim Cobral, Residencial Cremonezi, Novo Horizonte e Monte Rey, Brasil Novo, Vale das Parreiras, e Parque Watal Ishibashi.

A área 3 foi a única que teve IB considerado "tolerável", este marcado em 0,1. A região se estende ao Jardim das Rosas, Central Park, João Paulo II, Icaraí, Morumbi, Cinquentenário, Cerejeiras, Bela Dária, Jardim Bongiovani, vilas Industrial e Formosa, entre outros.

 

Estatística corrigida


Na última semana, a Prefeitura de Prudente corrigiu os dados estatísticos que tinham sido lançados de forma errada à Secretaria de Estado da Saúde, os quais apontavam que, em 2017, a cidade já contabilizava 16 casos confirmados de dengue e outras 83 notificações. Segundo a Secom, os números oficiais, de janeiro até meados deste mês, são de apenas uma confirmação e 200 notificações. Sobre o ocorrido, a Assessoria de Imprensa da pasta estadual esclarece que todas as informações são repassadas pelos próprios municípios ao Sinam (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), sendo que cabe ao governo apenas extrair e tabular os dados.

 
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