Boas novas

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 18/07/2020
Horário 04:11

Sofrer com a metade “vazia do copo” não ajuda nas soluções, o que falta deve colaborar para criar planejamentos consistentes, mas não ser o norteador dos ânimos, sobretudo em época de crise. É melhor a metade “cheia do copo”, ela nos traz as boas novas que nos permite crer num futuro melhor. A economia tem dado sinais de que o pior já passou e a exemplo das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, há desaceleração na contaminação pela Covid-19.
No artigo publicado na revista “Veja”, em 3 de julho, Larissa Quintino defende esta tese. Quintino se fundamenta em números que levam a crer que podemos respirar melhor daqui em diante. O primeiro indicador é revisão da queda do PIB (Produto Interno Bruto) pelos economistas, estes consideram que 6,5% de queda é pessimismo exagerado. Outro fato identificado são os relatórios da Receita Federal que demonstram, pelo volume financeiro gerado em notas fiscais, que houve aumento nas negociações em junho.

É melhor a metade “cheia do copo”, ela nos traz as boas novas que nos permite crer num futuro melhor

Outros indicadores corroboram para expectativa de que o pior já passou. Os índices de confiança, que despencaram em março e abril, tiveram retomada considerável em junho. Apesar das restrições, no Brasil não houve bloqueio total (lockdown), as empresas puderam trabalhar de portas fechadas, houve recursos do governo injetados para evitar demissões e a ajuda emergencial injetou bilhões de recursos na economia. O medo instalado em março e abril foi mais bem controlado pela população em maio e junho, houve adaptação. Estes fatores ajudaram a fortalecer a economia e reduzir os impactos.
Com a abertura gradual do comércio, a tendência é de melhoras; em especial para os setores de serviços que respondem por 70% do PIB e foram atingidos de cheio. Da mesma forma, setores como os de vestuário, calçados e material de construção, que perderam até 75% do faturamento no início da quarentena, agora poderão respirar melhor. As contratações estão crescendo em ritmo lento. Portanto, as boas novas estão aí para quem quiser recebê-las e é neste caminho que se fortalece o espírito criativo e inovador na busca de soluções para superar as dificuldades impostas pela pandemia.

 


 

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