Câncer de mama: cicatrizes podem ganhar um novo significado

EDITORIAL -

Data 20/10/2021
Horário 04:15

Anualmente, durante o Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização do câncer de mama, o Brasil investe em diferentes campanhas, na tentativa de alertar sobre o problema. Ilumina prédios públicos, promove palestras, oferece exames... Em Presidente Prudente, por exemplo, a Prefeitura promove o Dia D, através de dois mutirões especiais: um foi realizado no último sábado e o segundo será no próximo dia 23, com plantão de atendimento das 8h às 12h nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e nas ESFs (Estratégias de Saúde da Família).
Na ocasião, são ofertados diversos serviços de saúde, como coleta de papanicolau, solicitação de mamografia, testes rápidos como de HIV, sífilis, hepatites B e C, além de avaliação odontológica e palestras sobre cuidados com a saúde da mulher.
Toda a programação relacionada ao Outubro Rosa vem sendo divulgada por aqui. No último domingo, uma entrevista com a fisioterapeuta Valéria Cardoso Moreira, especialista em Dermato Funcional e mestre em Cicatrização de Feridas, ganhou destaque neste diário e chamou a atenção de muita gente. Justamente pelo trabalho que ela realiza, desde 2017, com mulheres que enfrentaram o câncer de mama. 
É comum que um dos principais receios relacionados à doença, além do medo de morrer, seja perder as mamas e os cabelos. A mastectomia, por exemplo, é um procedimento cirúrgico que remove uma ou as duas mamas. Motivo suficiente para abalar a autoestima da paciente, pois, durante a cirurgia, também são retiradas as aréolas - área circular que envolve o mamilo.
Pensando nisso e em milhares de mulheres que se submeteram à mastectomia, a Valeria vem realizando, de forma totalmente gratuita, o procedimento de micropigmentação areolar e bico em 3D. Uma técnica rápida e indolor, que pode ajudar mulheres que venceram a doença a recuperar sua autoestima e se sentirem plenas.
Ela contou, durante a entrevista, que o procedimento (o desenho das aureolas) é simples, indicado para reconstruir e também disfarçar cicatrizes. Segue os princípios básicos das tatuagens, mas a tinta só é aplicada na camada mais superficial da pele. Até então, cerca de 20 mulheres fizeram com ela a micropigmentação. Além de muitas não conhecerem a técnica, outras têm receio de mexer em algo que lhes trouxe tanto sofrimento e medo de que fique pior do que está. 
Mas vale a pena conhecer! Se informar certinho sobre a técnica, tempo de duração, se já está apta para fazer... Sem dúvidas, uma ótima maneira de recomeçar! De voltar a se sentir bem, se amar... e, mais do que nunca, se cuidar!
 

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