CHARANGA DOMINGUEIRA de 28-08-2016

Esportes - Flávio Araújo

Data 28/08/2016
Horário 08:29
 

A superação do impossível


 

Nos últimos domingos, escrevi sobre as Olimpíadas que o Brasil recebeu e que se encerraram repetindo o brilho que a marcou desde o início. Nosso país desincumbiu-se bem ao olhos do planeta demonstrando toda a sua capacidade criativa e encantando aos que aqui vieram, não acreditando nos exageros da mídia, principalmente dos Estados Unidos e retornaram encantados com o que viram.

Neste momento, nosso maior desejo gira em torno de nossas possibilidades de recuperação em outros sentidos. Já notaram que não estamos focalizando apenas resultados esportivos. Também neste a Pátria não fez feio e se não alcançamos o número de vitórias preconizadas, vibramos com algumas que tiveram um significado todo especial. Exemplo: de agora em diante não será mais preciso a indagação esdrúxula do fato do maior campeão do mundo no futebol não ter do mesmo uma medalha de ouro olímpica.

É o momento de pensarmos na sequência, pois a fila anda e o esporte reflete bem a dinâmica da vida. Parou... perdeu a vaga. O Rio de Janeiro está mais do que nunca preparado para receber as Paralimpíadas. Estas são as maiores demonstrações da força humana, capaz de vencer barreiras e superar obstáculos considerados intransponíveis.

Quantos sofredores, vítimas de sequelas de acidentes ou problemas genéticos de má formação poderão receber de seres que sofrendo problemas semelhantes conseguiram superá-los pela força do esporte. Ai está a lição que o evento que começará no 7 de setembro nos traz a cada edição. Esta será a 15ª e, a exemplo dos Jogos Olímpicos, pela primeira vez na América do Sul.

Com a participação de 176 países, 4.500 atletas estarão competindo em 23 modalidades. Com o fervor que tal evento desperta pelo valor do ser humano em superar barreiras, não escrevi que o Brasil, pela sua principal seleção de futebol, volta às eliminatórias para a próxima Copa do Mundo jogando na sexta-feira no Equador e na terça seguinte recebendo a Colômbia.

Estamos mal na classificação e esses jogos serão de magna importância para uma possível recuperação em nosso caminhar. O sexto lugar não nos serve e os dois adversários estão à nossa frente. O novo técnico, Tite, experiente e capaz, pode ser olhado como uma espécie de última esperança nessa retomada de conceitos de valor. Por outro lado a juventude dos que ganharam o ouro olímpico dará conta do recado? É muito importante que sejam esses os adversários. São equipes ascendentes, mas não são os nossos rivais tradicionais. São em verdade os que ocupam lugares que sempre foram nossos.

 

Flávio Araújo, jornalista e radialista prudentino escreve aos domingos neste espaço.    

 
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