Uma proposta de resolução que traz novas regras de exposição e comercialização de cigarros e outros produtos derivados do tabaco foi aprovada pela diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e deve ser publicada nos proximos dias. A medida é vista com “bons olhos” pelo Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares) de Presidente Prudente e por comerciantes.
Dentre as novas regras de exposição das embalagens de cigarros, a proposta aprovada determina que é necessário manter maior distância entre os maços de cigarro e produtos destinados ao consumo do público infanto-juvenil, como balas e chocolates. Os comerciantes também não poderão colocar nenhum recurso de marketing adicional em vitrines que expõem esse tipo de produto.
Dessa forma, os prazos para adequação são de até 25 de maio de 2019, para a disposição gráfica das advertências sanitárias no centro dos expositores ou mostruários. Já o isolamento entre os derivados do tabaco e os produtos às crianças deve ocorrer até 25 de maio de 2020.
De acordo com o presidente do Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares) de Prudente, Rubens Afonso, trata-se de uma reformulação para atender a uma preocupação com o consumo de cigarros, principalmente, pelos jovens, haja vista que é a fase em que o vício mais começa. Ele expõe que o sindicato ainda não recebeu nenhuma recomendação da nova medida, mas que será passada em breve.
“Toda preocupação com algo que traga prejuízo à saúde é boa, é pertinente afastar o malefício das crianças. Cada vez mais as pessoas devem estar informadas, para não ser induzida a usar o cigarro, mas a compra é uma opção dos consumidores. Quando mais o cidadão souber do prejuízo, afastar as propagandas e distanciar o produto dos menores, ajuda a tirar a atenção para este tipo de produto”, pontua.
No comércio
Por ser recente, o comerciante Ademir Antonio Perretti, 63 anos, ainda não sabia das novas resoluções, mas acredita que toda medida é válida para ajudar com a diminuição do hábito de fumar. Em sua mercearia, os maços estavam dispostos no caixa, acima de doces e salgados, com isso, ele terá de promover as mudanças. “Eu só sabia que não podia vender para menos de 18 anos e colocar cartazes. Vou buscar saber mais detalhes e me adequar”, declara.
Na conveniência da Claudia Amaral Costilho Jorge, o cigarro já é colocado em um display, distante dos doces e do caixa. Ela conta que nem queria comercializar o produto, mas acabou aderindo devido à alta procura. “É um vício e quanto mais tirar de perto das crianças é melhor. Ainda não tive acesso à determinação, mas pelo que vi a maioria nós já fazemos”, relata.