O Brasil vivencia o aumento de casos da Covid-19 e o cenário em Presidente Prudente não difere do nacional. De acordo com a titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Márcia Lima Dantas, houve um aumento de aproximadamente 250% nos casos positivos no comparativo entre os meses de outubro e novembro. A secretária acredita que o número de casos positivos seja ainda maior por conta da subnotificação dos autotestes.
Diante desta perspectiva, a reportagem de O Imparcial consultou cinco farmácias no município para saber se houve crescimento, ou não, da procura pelos autotestes nas últimas semanas em Presidente Prudente: quatro estabelecimentos relataram um aumento considerável de vendas de outubro para novembro, inclusive, precisando repor o estoque dos kits.
Na farmácia Droga Rizzo, na Avenida Manoel Goulart , foram comercializados 15 autotestes em outubro, já em novembro, forem vendidos 62 itens: uma alta de 413% em relação ao mês 10 deste ano. Segundo um funcionário do estabelecimento, diante deste cenário, a farmácia precisou aumentar, há cerca de duas semanas, o estoque de kits em cerca de 15%. “Faz uns 15 dias que a gente fez uma compra maior para repor os kits”, relata o funcionário. No local, são comercializados dois tipos de autotestes: um deles é vendido por R$ 29,90 e o outro por R$ 39,90.
Na Drogasil, da Avenida da Saudade, o número de autotestes comercializados entre outubro e novembro não foi informado, porém, uma funcionária da drogaria confirmou que houve um aumento considerável da demanda pelos itens. No estabelecimento, o valor dos autotestes varia entre R$ 67,90 e R$ 79,90.
O mesmo pano de fundo de alta na demanda dos itens ocorre na Drogaria Total, na Rua José Bongiovani. Por lá, uma farmacêutica informou à reportagem que o crescimento das vendas de autotestes de outubro para novembro foi entre 10% e 15%. “A procura aumentou bastante. Para novembro, a gente precisou pedir uma quantidade maior”, relata a profissional sobre a necessidade de aumentar a reposição do estoque de autotestes diante da alta pela procura dos itens. Na Drogaria Total, são comercializados, por R$ 49,90, kits de apenas uma marca.
Um farmacêutico da Drogaria Presidente, na Rua Doutor Gurgel, também relata que houve uma alta considerável na venda de autotestes. “Olha, a procura triplicou. Em outubro, a gente vendeu uns 10 itens. Em novembro, vendemos 30”, pontua. O autoteste comercializado no estabelecimento sai por R$ 40.
A única drogaria, consultada por O Imparcial, que relatou estabilidade nas vendas entre outubro e novembro foi a Farmácia Morumbi, na Rua Padre João Goetz. “Não aumentou significativamente, não. Repomos o estoque em pouca coisa, entorno de 10%”, pontua um dos funcionários.
Em todos os estabelecimentos escutados pela reportagem, os profissionais relataram que são passadas aos clientes orientações quando ao uso dos autotestes, seja in loco na aquisição do item ou pelo Whatsapp em caso de dúvida no momento da utilização do teste.
Em suma, a pessoa deve fazer a higienização das mãos antes de manusear o kit. Depois deve manter o recipiente com líquido próximo do local do uso. Na sequência, a pessoa tem que retirar o swab (cotonete) da embalagem e abri-lo pelas laterais, de forma a evitar tocar diretamente na ponta do cotonete. Feito isso, a pessoa deve inclinar a cabeça para trás, inserir o swab em uma das narinas e girá-lo 4 ou 5 vezes ou por 15 segundos. Após esta fase, o usuário tem que abrir o recipiente com o líquido e inserir a ponta do swab, apertando bem as laterais da embalagem para espremer o líquido. Por fim, a pessoa deve aplicar quatro gotas da substância reativa no recipiente e aguardar 15 minutos para ter o resultado.
O Ministério da Saúde ressalta que o autoteste é um teste de triagem, ou seja, fornece apenas um resultado orientativo, porém não conclusivo para o diagnóstico, o qual deve ser realizado por um profissional de saúde qualificado.
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