Cuidado especial com diarreia no rebanho bovino 

Cristiano Machado

COLUNA - Cristiano Machado

Data 25/05/2023
Horário 06:08
Foto: Texto Rural\Divulgação 
Doença afeta principalmente os bezerros, que ficam enfermos e sofrem redução de peso devido à perda constante de líquido intestinal e eletrólitos corporais
Doença afeta principalmente os bezerros, que ficam enfermos e sofrem redução de peso devido à perda constante de líquido intestinal e eletrólitos corporais

Um dos principais fatores de sucesso para a produção de carne e de leite na pecuária é o cuidado com a sanidade animal. Manter a saúde do rebanho em dia é essencial para o bem-estar dos bovinos, o que contribui para a produtividade e maior lucratividade para o produtor rural. “Uma das enfermidades no topo da lista das causas de perdas na pecuária é a diarreia”, informa Antônio Coutinho, gerente de marketing e serviços técnicos da Vetoquinol Saúde Animal.

Enfermidade tem grande impacto nas fazendas 

A diarreia em bezerros é um sintoma característico da colibacilose, doença causada pela bactéria Escherichia coli. Ela afeta principalmente os bezerros, que ficam enfermos e sofrem redução de peso devido à perda constante de líquido intestinal e eletrólitos corporais (como sódio, cálcio, potássio e magnésio). "Essa enfermidade tem grande impacto nas fazendas, pois os animais ficam improdutivos durante vários dias, perdendo peso e deixando de produzir leite (no caso de vacas em produção). Isso quando o problema não se agrava, levando o bovino à morte". O impacto financeiro é gigante. “Em épocas de confinamento, como a que está se iniciando, o problema pode se tornar ainda mais grave, tendo em vista que os animais ficam mais próximos, aumentando o potencial de alastramento das doenças pelo plantel”, comenta Antônio Coutinho.

Ideal é elevado nível de higiene

A colibacilose é desenvolvida pelos animais em abrigos pouco higienizados e com excesso de umidade – o que leva à presença da bactéria. A doença é adquirida pelos bezerros oralmente, por meio dos pisos, água ou ração infectados. "O pecuarista deve trabalhar com elevado nível de higiene nos locais de acesso dos animais. Porém, se o bovino já estiver infectado, é necessário recorrer à farmácia da fazenda e escolher com assertividade o melhor tratamento. A recomendação é usar um antimicrobiano associado a um anti-inflamatório", recomenda o especialista da Vetoquinol. Para o eficaz combate da Escherichia coli, a Vetoquinol Saúde Animal – uma das maiores indústrias de saúde animal do mundo, que está completando 90 anos – desenvolveu AcurA® Max, solução que age diretamente no tratamento da bactéria. A solução atua tanto como antimicrobiano quanto como anti-inflamatório. Para isso, conta com os princípios ativos ceftiofur e meloxicam. Administrado em dose única, o medicamento também se destaca pela facilidade de aplicação e baixa carência, devolvendo os animais à produção poucos dias depois da administração.” (Por Irvin Dias, da Texto Comunicação)

Bom momento do leite puxa venda de sêmen 

A elevação do preço do leite ao produtor nos últimos meses foi o principal responsável pelo aumento de 14% das vendas de sêmen de aptidão leiteira nos primeiros três meses de 2023, aponta o Index Asbia. No período, foram comercializadas 1,27 milhão de doses de sêmen para leite contra 1,11 milhão de doses no ano passado. O volume, o maior em cinco anos, refere-se à venda para os clientes finais. “Esses números estão perfeitamente alinhados ao cenário atual do leite. Os preços ao produtor fecharam 2022 na casa do R$ 2,65 o litro e estão em R$ 2,81, segundo o Cepea. O grande impacto da genética superior nos rebanhos, se perpetuando e resultando em animais cada vez mais produtivos, atrai os produtores para a inseminação e esse processo é irreversível”, informa Cristiano Botelho, executivo da Asbia.

Texto Rural\Divulgação 

Index Asbia mostra crescimento de 14% na venda de sêmen de bovinos com aptidão para leite na comparação com o mesmo período de 2022

Semester de muita movimentação na genética 

O mercado foi bem abastecido com a importação de 772.831 doses de sêmen para leite, 4,31% maior que nos três primeiros meses de 2022. A coleta (mais de 556 mil doses) foi a segunda maior dos últimos cinco anos. As exportações registraram 85.756 doses, sendo o segundo melhor desempenho dos últimos anos no primeiro trimestre, atrás também apenas de 2022 (144.050 doses exportadas). “O primeiro trimestre de 2023 foi de muita movimentação na genética, especialmente no segmento de leite. Exportamos para oito países e houve crescimento do envio de doses para quatro das cinco regiões do país. A genética bovina leiteira se consolida cada vez mais como um investimento vital para o aumento da produtividade e desenvolvimento do setor”, complementa Botelho.

Aumento na prestação de serviços do setor 

Já a produção de doses de sêmen com aptidão para corte foi 32,6% menor em comparação com o mesmo período de 2022. Foram importadas 176.887 doses e exportadas cerca de 48 mil. A prestação de serviço saltou 7,5%. Cerca de 2,5 milhões de doses foram vendidas a pecuaristas em todo o país – recuo de 12,3% em comparação a 2022. “Consideramos o cenário para a pecuária de corte equivalente ao de 2023. O uso da inseminação artificial é crescente em que pese o ciclo de baixa da atividade. Cada vez mais produtores são atraídos pela IA e a tendência é de volta de crescimento do desempenho nos próximos meses”, ressalta o executivo da Asbia.

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