Devoção e fé são temas de TCC de acadêmica de Fotografia da Facopp

“Rogai por nós, Maria!”, depoimentos, histórias reais de graças recebidas da mãe de Cristo foi o trabalho de Gabriela Simone

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 07/11/2017
Horário 13:17
Divulgação / Victor Hugo de Moura, Gabriela diz que achava que conhecia Maria, e ao final do viu que não sabia de nada!
Divulgação / Victor Hugo de Moura, Gabriela diz que achava que conhecia Maria, e ao final do viu que não sabia de nada!

“Rogai por nós, Maria!”. Este foi o tema do TCC (Tese de Conclusão de Curso) da estudante de Fotografia da Facopp/Unoeste (Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Oeste Paulista), Gabriela Simone da Silva Aragão, 20 anos. O trabalho fotográfico da acadêmica foi embasado em histórias de fé e graça na mãe de Jesus Cristo, Maria, com 30 fotos que puderam ser vistas por fieis/devotos da virgem santíssima, do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, na Vila Marcondes, no dia 12, na Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, no Ana Jacinta, nos dias 14 e 15, e durante uma semana seu projeto esteve no corredor principal da Facopp.

Questionada do motivo da escolha do tema, por que Maria, a jovem menciona que a inspiração vem antes mesmo dela entrar para a faculdade. Isso porque, digamos que sua proximidade, intimidade com a santa já era praticada, pois ela já era uma das integrantes da Pascom (Pastoral da Comunicação) Rainha dos Apóstolos.

“Minha paróquia é Mariana. Comecei a fotografar na Pascom e senti o desejo de falar de algo que tem na igreja católica e nada melhor do que falar de Maria. Olha, eu achava que conhecia Maria, e ao final desse trabalho vi que não sabia era de nada! Das várias referências que tive para trabalhar, a pesquisa maior sobre ela encontrei no livro ‘Maria biografia da mulher que gerou o homem mais importante do Mundo’, do Rodrigo Alvarez”, comenta a universitária.

Quando Gabriela menciona que não sabe de nada, cita, por exemplo, um fato que ela desconhecia: que Maria era filha de uma promessa. Seus pais, Ana e Joaquim, não eram tão pobres como muitos pensam e assim como Isabel, Ana não conseguia ter filhos, o que acabou inclusive interferindo nos negócios do casal. Joaquim então foi para o deserto e Ana ficou orando pedindo a Deus que lhe desse uma filha e que esta seria uma serva do Senhor. Que sua vida seria consagrada a Deus.

“Esta é só uma das coisas interessantes de Maria. Eu achava que seria fácil encontrar personagens para falar dela, mas não foi. Eu já estava desanimada, ai minha madrinha trouxe oito testemunhos, minha mãe também, encontrei alguns pelo facebook... A cada testemunho, a feição, o carinho com que cada um me tratava a força para continuar só aumentava. Como dedicatória, além da Pascom, dediquei à minha avó, a frase que ela mais falava: “Rogai por nós Maria!”, exclama Gabriela.

 

Maria cheia de graça!

A fim de trazer uma reflexão sobre o verdadeiro sentido de devoção à Maria, Gabriela buscou testemunhos reais para mostrar que a fé dos católicos não está na adoração de uma imagem, mas na crença de que ela é sim uma intercessora, como se fosse nossa mãe pela fé. E entre os colaboradores, ela teve simplesmente as três Marias que fazem parte de sua vida: sua avó materna, Maria dos Prazeres, sua mãe, Maria Socorro e sua madrinha de batismo, Maria Eunice.

Conforme Gabriela a mãe e a madrinha se saíram grandes pesquisadoras acadêmicas, correndo atrás do trabalho tanto quanto ela. “Eu sabia que elas me ajudariam, mas não tanto quanto conseguiram se dedicar. Só minha madrinha conseguiu oito testemunhos”, enfatiza Gabriela.

Sobre a avó, ela conta que ela faleceu em 2015, antes dela ingressar na faculdade. Muito devota da virgem Maria, foi uma das influências da neta para seguir o caminho religioso.

“Ela era muito devota de Nossa Senhora. E ela sempre comentou que guardava uma pedra muito preciosa. Todos tinham curiosidade de saber que pedra era essa. Antes de falecer ela deu a tal pedra para minha mãe, sua única filha católica. Era uma pedrinha simples com a imagem da santinha. Isso emocionou muito a minha mãe que não fazia ideia que eu faria meu trabalho sobre Maria. E muito menos que ela seria uma das minhas personagens, ela que nunca teve uma imagem, e aos poucos foi descobrindo a própria história, inclusive que recebeu seu nome por conta da igreja onde foi batizada”, destaca a jovem.

 

“Eu achava que seria fácil encontrar personagens para falar de Maria, mas não foi. Já estava desanimada, mas a cada testemunho, a feição, o carinho com que me tratavam a força para continuar só aumentava”

Gabriela Simone da Silva Aragão

acadêmica

 

Uma paixão

Gabriela conta que já se interessava por Fotografia desde sua infância, mas foram as palavras de incentivo do padre Fernando Guirado que fizeram com que ela começasse a desenvolver seu talento fotografando os encontros e reuniões da Pascom de sua paróquia, em 2015.

“Era um sonho meu cursar Fotografia. Me dediquei aos estudos, passei no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e conquistei minha bolsa pelo Prouni [Programa Universidade para Todos]. Antes de começar a disciplina procurei o professor Roberto Mancuzo que me orientou e indicou a obra do Rodrigo Alvarez como base bibliográfica. Ele integra a Pascom da Nossa Senhora do Carmo e a equipe de fotografia do Caminhando com Maria”, destaca Gabriela.

O docente explica que “No começo a ideia era abordar as diferentes nomeações de Maria nas culturas religiosas, mas como isso seria muito abrangente, focamos nos testemunhos, naquilo que os devotos tem para passar. Isso é importante para termos uma documentação de pessoas que são fiéis em Maria”.

Gabriela afirma que este projeto não será encerrado por aqui. Ela pretende estendê-lo até Aparecida do Norte. “Eu descobri nesse trabalho uma vontade de conhecer as histórias e bênçãos concedidas por Maria e repassar para os outros através da fotografia. Agora minha próxima realização é visitar a cidade de Aparecida e propagar esse trabalho que mudou a minha vida”, enfatiza a menina devota da mãezinha de Cristo.

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