Em homenagem póstuma, penitenciária de Caiuá recebe nome de servidor vítima de leucemia

Unidade prisional passa a se chamar Bruno Luiz Airoldi Leite, que era agente de segurança penitenciária e morreu em junho de 2014; inauguração da placa ocorreu em outubro

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 07/11/2023
Horário 15:52
Foto: Arquivo
Bruno Luiz Airoldi Leite foi homenageado postumamente com denominação da Penitenciária de Caiuá
Bruno Luiz Airoldi Leite foi homenageado postumamente com denominação da Penitenciária de Caiuá

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) oficializou a denominação da Penitenciária de Caiuá, que passou a se chamar “Bruno Luiz Airoldi Leite”. A unidade, subordinada à Croeste (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste), realizou no dia 11 de outubro a cerimônia de inauguração da placa. O evento foi marcado pela emoção dos familiares, amigos e colegas de trabalho de Bruno, que era agente de segurança penitenciária e morreu em 20 de junho de 2014, vítima de leucemia.

Os presentes foram recepcionados pelo diretor técnico da unidade, Claudinei dos Santos. “Estamos reunidos para homenagear Bruno e seus familiares, em um misto de emoções. Mas acredito que, além de eternizarmos o nome deste grande amigo e notável servidor, é também uma forma de confortarmos a família pela dor desta grande perda”, declarou Santos.

“Caráter e educação são atributos que se adquirem com a base familiar e isso Bruno recebeu. Vindo de uma família honrada, como conhecemos seus pais, não seria diferente sua conduta no trabalho. Este evento é uma reflexão para sentirmos profundamente como ele passou por nós, deixando seu exemplo de amizade, lisura e retidão”, comentou o assessor do deputado estadual Mauro Bragato (PSDB) - autor da propositura que definiu a denominação do presídio -, João Monteiro de Souza, também agente penitenciário, agora aposentado.

“Não é do Bruno profissional da administração penitenciária que eu gostaria de falar, mas do Bruno filho, irmão, esposo, sobrinho e amigo. Ele que amalgamou na sua alma o que seus pais, Rubinho e Célia, têm de melhor. Puxou de seu pai, seu grande companheiro, a capacidade de se indignar fortemente ante as mazelas do mundo e uma tenacidade incrível e, ao mesmo tempo, de sua mãe, Célia, sua eterna rainha, o carinho no olhar e escutar as pessoas, em se preocupar com o bem-estar de todos e a leveza do sorriso amplo e da companhia agradável”, disse o advogado e professor Nelson Reis Oberlaender Junior, representante da família.

Bruno Luiz Airoldi Leite foi filho de Jorge Leite e Célia Maria Airoldi Leite e nasceu no dia 30 de dezembro de 1981, no município de Presidente Venceslau, onde realizou seus estudos e viveu sua vida. Em 20 de dezembro de 2004, graduou-se em Direito pelo Centro Universitário “Antônio Eufrasio de Toledo” de Presidente Prudente. Casou-se, mas não teve filhos.

Em 2002, iniciou sua vida profissional no cargo de agente de segurança penitenciária, com destacada atuação na SAP. Em 29 de junho de 2005, foi transferido da Penitenciária de Pacaembu para o Centro de Detenção Provisória “Tácio Aparecido Santana” de Caiuá, onde desenvolveu uma sólida carreira profissional.

Em 2019, o deputado estadual Mauro Bragato apresentou o projeto de lei nº 289, de denominação da Penitenciária de Caiuá como “Bruno Luiz Airoldi Leite”, na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), onde foi aprovado em 12 de janeiro deste ano e promulgado pelo governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em 17 de fevereiro de 2023.

Foto: SAP - Inauguração da placa ocorreu em outubro deste ano

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