Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 90% dos negócios no Brasil são de perfil familiar. Nestes, a gestão está nas mãos de dois ou mais membros da família. Geralmente há parentes contratados onde se busca atender as demandas familiares, mas também reduzir os custos, os riscos trabalhistas e garantir a motivação e o comprometimento. Os desafios enfrentados pelas empresas familiares foram potencializados pelas mudanças no comportamento do consumidor.
A empresa familiar precisa avaliar o desempenho dos parentes com o mesmo cuidado que avalia os demais funcionários, afinal estes são exemplos do que pode ou não fazer na empresa. Isto significa priorizar a empresa, suas funções, objetivos e os resultados, independentemente se o colaborador tem alguma consanguinidade com os proprietários. Isto passará maior transparência e segurança para todos envolvidos.
A empresa familiar precisa avaliar o desempenho dos parentes com o mesmo cuidado que avalia os demais funcionários
A liderança precisa se esforçar para manter e estimular canais de comunicação para que os interesses sejam alinhados e, assim, previna-se conflitos e por consequência, queda de motivação e comprometimento. Estes canais de comunicação são ações simples como: perguntar se o parente e o colaborador têm alguma opinião sobre a empresa, se este está insatisfeito com algo e principalmente se há algo que possa ser feito para ajudar nas melhorias apontadas.
Segundo John A. Davis em artigo publicado na revista Harvard Business Review, “a capacidade de superar as adversidades e profissionalizar a gestão” é o melhor caminho para manter a empresa familiar por gerações. Neste contexto, o empresário precisa ficar atento para as mudanças políticas, ambientais e tecnológicas que podem gerar instabilidades. Aceitar as mudanças impostas pela pandemia é o segredo, como diz Leon C. Megginson, “o mais forte não é aquele que sobrevive ou o mais inteligente, mas o que se adapta às mudanças”.
